O ARA San Juan, submarino que desapareceu com 44 tripulantes na Argentina se comunicou oito vezes com a base de operações durante a madrugada de 15 de novembro.
“Foram no total 55 minutos de conversas, um dado que a Marinha argentina havia omitido até que agora se tornou público graças à divulgação pela imprensa dos registros da companhia de telefonia por satélite que atuou como intermediária”, afirmou o El País.
A informação surgiu na terça (5). Na quarta, o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, confirmou os dados, mas minimizou sua relevância. “Recebemos essa planilha, que corrobora as chamadas tanto de telefonia como de dados. São as primeiras chamadas feitas pelo comandante da unidade informando sobre o defeito e este curto-circuito e princípio de incêndio, fumaça sem fogo.”
A nova “última mensagem” do submarino é um comunicado por escrito que o comandante do submarino, Pedro Fernández, enviou a terra com o relatório de um incidente mecânico a bordo. “Entrada de água do mar pelo sistema de ventilação no tanque de baterias N°3 ocasionou curto-circuito e princípio de incêndio na bancada de barras de baterias. Baterias de proa fora de serviço. No momento em imersão propulsionando com circuito dividido. Sem novidades de pessoal manterei informado”, afirma a mensagem, emitida às 8h42 daquele dia, quase uma hora e meia depois da última comunicação telefônica por satélite.
“Duas horas e dez minutos depois daquela comunicação por escrito, três sensores da Organização de Controle de Provas Nucleares (CTBTO) registraram um ‘evento anômalo, singular, curto, violento e não nuclear’, ou seja, uma explosão. A confirmação desse ‘evento’ mergulhou no desespero as famílias dos 44 tripulantes do ARA San Juan, que a partir daí perderam toda a esperança de encontrá-los com vida”, completou a publicação.
Fotógrafo é especialista em ondas
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