A Agência Espacial Europeia (ESA) informou nesta quinta-feira que descobriu nas encostas de um dos maiores vulcões de Marte “buracos em cadeia” que, dependendo de sua origem, podem ser “peças interessantes” na busca de vida microscópica fora da Terra.

 

As fotografias foram feitas em junho na região de Tharsis, caracterizada por três grandes vulcões, revelaram uma série de depressões circulares. Para a agência, a suposição mais interessante seria se essas cavidades tivessem sido criadas por água subterrânea, como ocorreu na península mexicana do Yucatán nos famosos “cenotes”, depósitos formados pelo desmoronamento dos tetos das cavernas e a dissolução da rocha.

Outra possibilidade é que as deformações tenham ocorrido com a queda do teto de antigos túneis formados por rios de magma que circulavam sob uma lava já solidificada na superfície, tornando os locais ocos.

A ESA considera que na busca de vida microscópica a primeira hipótese é a mais promissora. Isso porque, no caso de haver alguma estrutura similar a uma caverna intacta associada a esses buracos, os microorganismos poderiam ter sobrevivido protegidos das duras condições da superfície.

No entanto, a agência não descartou que se trate de simples sulcos na crosta de Marte, nas quais podem se formar as cavidades descobertas.

De qualquer maneira, a descoberta das marcas mostra “muitas semelhanças entre os processos geológicos da Terra e Marte”, fazendo com que a descoberta se transforme em objeto de estudo para posteriores missões.


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Nova descoberta em Marte pode ajudar na busca de vida fora da Terra

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