A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República informou nesta quinta-feira (20) que 35 milhões de brasileiros ascenderam nos últimos dez anos à classe média, composta atualmente por 104 milhões de pessoas, o que corresponde a 53% do total da população.
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Enquanto a classe média subiu de 38% da população em 2002 para 53% em 2012, a classe baixa se reduziu até 27% e a classe alta cresceu ligeiramente até 20%, segundo o estudo Vozes da Classe Média.
O relatório considera que, se for mantido o atual ritmo de redução da pobreza, a classe média brasileira seguirá crescendo e representará 57% da população brasileira em 2022.
O estudo classificou como de classe média as famílias com renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019 por mês.
Os responsáveis pelo relatório atribuíram o forte aumento da classe média no Brasil ao ciclo de crescimento econômico do país nos últimos anos combinado com as políticas de redução da pobreza e da desigualdade nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Segundo a publicação, entre 2002 e 2012 ascenderam da classe baixa à classe média 21% da população brasileira e da classe média à classe alta outros 6%.
De acordo com o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, Moreira Franco, o aumento da classe média, responsável por 38% do consumo das famílias brasileiras, permitiu que o Brasil seguisse crescendo apesar da atual crise econômica internacional.
“O Brasil gerou cerca de 18 milhões de novos empregos na última década. Esse aumento do emprego e a política do governo de reajustar o salário mínimo anualmente acima da inflação contribuíram para o crescimento do consumo no país”, declarou Moreira Franco.
Segundo o estudo, enquanto a renda média das famílias brasileiras cresceu na média 2,4% ao ano em termos reais (descontada a inflação), a das famílias de classe média cresceu 3,5%.
A classe média brasileira vai movimentar neste ano cerca de R$ 1 trilhão, calcula o estudo, que destaca também que cerca de 80% dos 35 milhões de brasileiros que passaram a integrar a classe média na última década são negros.