Não é só no Brasil que homens e mulheres têm seus fetiches, como lugares exóticos, posições e fantasias, mas parece que no Japão há uma tara nacional: os homens ficam loucos com as mulheres bem novinhas. Depois dos vinte e cinco anos, a mulher solteira já ficou pra titia, contou o jornalista Renato Siqueira, especialista em cultura japonesa.
E esse desejo por ninfetas é tanto que eles ficam alucinados por japonesas colegiais. As saias curtas e plissadas, que caracterizam as estudantes, é a atração predileta dos homens do país.
O fetiche, conhecido pelo nome de Burusera, tem características que o tornam ainda mais curioso. Um deles é a atração por roupas íntimas usadas. Isso mesmo, eles pagam para comprar calcinhas que acabaram de ser vestidas por alguma menina.
Esse desejo tomou uma proporção tão grande que começou a ser explorado com grande sucesso pela indústria erótica e virou assunto para mangás, cinema e internet. Para os japoneses, a visão da calcinha é tão excitante que, muitas vezes, pode despertar um desejo sexual maior do que a nudez.
Renato Siqueira, que morou alguns meses no país, viu de perto a tara pelas sainhas das colegiais. “Tinha um amigo que fazia a namorada andar com uma saia dentro da bolsa.” O uso de uniformes não é obrigatório em todas as escolas japonesas, mas as meninas não deixam de usar e provocar, inclusive fora das aula e até nas discotecas.
As mulheres que já passaram dessa fase, para não ficarem para trás, também costumam aderir à moda das roupas de colegiais.
As jovens estudantes vêem na venda de calcinhas usadas a oportunidade de comprar roupas de marca e conseguir um dinheiro a mais. Uma peça íntima nova custa em torno de 1000 a 10 mil ienes. A jovem usa a calcinha, e, no final do dia, pode faturar dez vezes mais.
O bizarrismo da tara não pára por aí: o custo da peça varia de acordo com os resquícios deixados pela usuária, como traços de menstruação, masturbação, excrementos ou líquidos vaginais. A regra também vale para os uniformes, com uma diferença, quanto mais prestigiada é a escola, maior valor terá.
Essas meninas negociam suas roupas íntimas na rua e até as expõem no metrô. Por vezes o cliente exige que a mercadoria seja retirada do corpo no ato da compra. Há também lojas especializadas nesse comércio. Detalhe: a peça íntima é sempre acompanhada de uma foto da antiga dona.
Vale lembrar que a cultura japonesa trata o sexo de forma bem diferente do que a nossa. Lá, eles aceitam melhor o homossexualismo e não seguem padrões éticos e religiosos ocidentais, como o da probição de relações sexuais antes do casamento. Além disso, transar com meninas menores de idade, de até 12 anos, não é crime no Japão.
Em 2004, a prefeitura de Tóquio restringiu a venda de peças intimas a moças com idade superior aos 17 anos e instituiu pesadas multas aos infratores. Desde então, dezenas de lojas da região foram fechadas, mas o comércio continua de maneira ilegal pelos becos e nos metrôs.
As colegiais japonesas continuam vendendo suas calcinhas sem problema algum. Elas não consideram esse tipo de comércio imoral e protestam dizendo que essa proibição só estimula a prostituição e a ilegalidade.