Nana Gouvêa
Quem?!?! Atriz!
ENSAIO
Nana: Algumas fotos foram feitas no Bar do Estadão, no centro de SP.
Christian: Fecharam o bar para você ser fotografada?
Nana: Não, o bar estava aberto porque funciona 24 horas.
Silveirinha: Tinha muita gente na lanchonete quando você fez as fotos?
Nana: Tinha muita gente. E juntou umas 300 pessoas na porta.
Silveirinha: Você não fica constrangida com tanta gente te olhando?
Nana: Não. Eu estava muito concentrada neste trabalho. Foram 2 dias intensos de fotografia.
Bola: Podia acontecer o que fosse, você estava firme e forte?
Nana: Isso mesmo.
A REVISTA
Emílio: Aqui na revista, diz que você está totalmente despida de preconceitos, medos e falsos pudores. O que seriam “medos, preconceitos and falsos pudores”?
Nana: Aí você tem que ver a revista para descobrir.
Emílio: Eu estou vendo que você teve um “chorococó” com a fotógrafa.
Bola: A fotógrafa é americana.
Nana: Ela é uma garota, uma pessoa espetacular, de um talento fantástico. Tenho certeza que esta menina ainda terá muito sucesso dentro da profissão dela.
Emílio: Eu vi algumas fotos nas quais você está “interagindo” com a fotógrafa.
Nana: Em vários momentos. Ela é responsável pelo resultado desta revista.
Emílio: Mas ela deu uma buzinada.
Nana: Deu. Ela é muito querida, eu fiquei muito à vontade. Ela me respeitou muito.
Bola: Mas esta idéia foi de alguém ou simplesmente, aconteceu?
Nana: Não. Eu recebi um roteiro de tudo que iríamos fazer. Eu já saí de casa sabendo tudo o que aconteceria. Foi praticamente um roteiro de fotonovela.
Christian: E ela era cheirosinha? Tinha aquele perfume embriagante?
Nana: Era bem cheirosinha.
Emílio: Você não tem problema em fazer um trabalho assim com uma mulher?
Nana: Não. Até porque não foi nada muito íntimo.
Emílio: E ela é bem bonitinha.
Nana: É uma menina linda.
Emílio: Você nunca esteve tão bem quanto neste ensaio.
Nana: Eu também acho. Este é o meu nono ensaio masculino. O que me deixou bem à vontade para fazer este ensaio foi o fato de não ser apenas um ensaio de mulher. Quem lê o ensaio, vê que ele tem uma história. As fotos têm vida.
Emílio: Tem muita sacanagem aqui.
Nana: O que me ajudou muito foi a concentração e o meu trabalho de atriz: eu realmente me desprendi da minha pessoa e vivi um personagem. Eu fiz um trabalho de atriz voltado para a fotografia.
Carioca: E não rolou um “fogo na bacura” na hora de fazer as fotos com a mulher?
Emílio: O que é isto? Vai falar assim da tua irmã…
Nana: Eu nunca tinha ouvido este termo, mas eu subentendo o quer dizer.
ATRIZ X MODELO
Nana: As pessoas insistem em me chamar de modelo. Eu não sou modelo, eu sou atriz. Eu faço trabalhos fotográficos, mas eu não sou modelo.
Silveirinha: Quando você faz estes trabalhos, em algum momento, você sente tesão?
Nana: Não. Eu sou absolutamente fria. Eu fico muito à vontade.
Emílio: Como não?
Nana: É um exercício de concentração. É como se eu estivesse no palco e meu público fosse a câmera.
Emílio: Mas você tem que seduzir a câmera.
Nana: O fato de eu ter que seduzir a câmera não significa que eu estou excitada.
Emílio: Em quem você pensa para fazer um trabalho de sedução assim?
Nana: Eu não penso em nada. Eu limpo totalmente a minha mente.
Christian: Você está fazendo terapia?
Nana: Eu faço meditação. Eu sou calma.
Emílio: Você é mais caretona?
Nana: Eu não bebo nada, não fumo, não como carne vermelha há 3 anos e não saio a noite.
Silveirinha: Sua vida está muito triste, menina.
Bola: Não faz amor…
Nana: Isso eu faço muito.
Emílio: A revista está muito bacana.
Nana: Eu me preparei muito para fazer este ensaio: eu fiquei em casa, fiz dieta, malhei e ia dormir às 7 da noite. Eu queria estar bem, com o cabelo bom, a pele boa.
Bola: Você ficou bem até demais.