Uma jovem foi condenada nesta terça-feira (27) na Arábia Saudita a dez chicotadas por ter dirigido um automóvel, e uma defensora dos direitos da mulher foi detida pelo mesmo motivo, informou à Agência Efe, Walid Abul Jeir, um ativista dos direitos humanos.

O ativista afirmou que o tribunal de Jidá condenou a jovem, identificada como Shaima, a uma pena de dez chicotadas por ter conduzido um carro, o que é proibido às mulheres na Arábia Saudita.

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Apesar de Shaima se negar a falar com a imprensa, Abul Jeir adiantou que ela apelará da decisão judicial. Além disso, o ativista também afirmou que agentes de segurança sauditas prenderam em Riad a defensora dos direitos da mulher, Madiha Al Ashrush, por dirigir seu carro em companhia de uma jornalista francesa que produzia um documentário sobre a Arábia Saudita.

Outras fontes disseram que a jornalista foi liberada após a intervenção do consulado francês em Riad. Tempo depois, a ativista também foi liberada.

Segundo a site da campanha “Tenho o direito de dirigir“, Mediha Ashrush só foi liberada depois de assinar um termo para não voltar a conduzir um automóvel.

Os fatos coincidem com o interrogatório de uma famosa ativista local, que também está sendo acusada pela promotoria de Jidá por dirigir um veículo. A acusação de Nashla Hariri ocorreu depois que a mesma apareceu dirigindo um automóvel nas ruas de Jidá em um vídeo divulgado pela rede de televisão britânica “BBC“.

Hariri foi interrogada sobre sua possivel ligação com a iniciativa “Meu Direito é Minha Dignidade“, que reúne sauditas que pedem que as autoridades permitam que as mulheres possam dirigir.

No último domingo, o rei saudita Abdullah bin Abdul Aziz permitiu a participação da mulher na política a partir da próxima legislatura.


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Mulher saudita é condenada a 10 chicotadas por dirigir, diz ativista

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