Joy Bricker fez o check in no hotel Towne Place, na Virgínia, EUA, em 04 de agosto de 2001 e nunca mais saiu. A funcionária pública de 79 anos viveu ali por dez anos, desde que seu marido faleceu e ela decidiu não ficar mais em sua residência.
Ela, que era piloto na Pensilvânia, recebeu uma oferta de emprego no Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano de outra cidade, aproveitou a oportunidade para mudar completamente sua vida depois de ficar viúva.
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A decisão de morar no hotel foi simples: ela fez as contas de quanto gastaria ao alugar uma casa na região e comparou a sua vida no hotel, onde poderia desfrutar de uma área de 500m² com duas suítes, além de não precisar se preocupar com serviços domésticos, café da manhã, acesso Wi-Fi e teve à cabo. As contas não foram assim tão difíceis de serem realizadas: hotel tinha uma oferta muito mais tentadora, logo, Joy foi ficando por lá mesmo.
Nos dez anos que passou ali a mulher fez amizades e chegou a ser consultada sobre que tipo de melhorias o hotel poderia oferecer aos clientes. Segundo a própria hospede “vitalícia”, ela se tornou parte daquela comunidade e criou laços afetivos com funcionários e vizinhos das redondezas.
Para quem se preocupa com a impessoalidade de morar num hotel, Joy arranjou uma solução, tornou o quarto um pouco mais a cara dela levando para lá suas plantinhas e alguns álbuns de fotos da família, além de sua poltrona de estimação.
A decisão por deixar o hotel, ou melhor, dar check out, não foi das mais simples, mas devido a sua idade e alguns problemas de saúde, como osteoporose e artrite reumatoide, Joy achou melhor ir morar com sua filha em Nova York. Como já está aposentada, ela afirma que aplicará suas energias em novos projetos a partir de agora, como por exemplo, com trabalhos voluntários na igreja.