Uma mulher britânica que obrigou seu filho a fingir, durante três anos, que estava com câncer para poder cobrar uma previdência do governo foi condenada, nesta terça-feira (13), a três anos e nove meses de prisão por crueldade infantil, fraude e falsificação.
Para manter o engano, a mulher raspou a cabeça e a sobrancelha do filho com barbeador, quando ele tinha apenas seis anos, para simular os efeitos da quimioterapia, além de obrigar a criança a utilizar uma cadeira de rodas em diversas ocasiões.
Em seu comparecimento perante o Tribunal de Gloucester, a acusada admitiu que falsificou documentos médicos para enganar as autoridades, além de concordar com as acusações de crueldade infantil e fraude ao Estado.
Pelos cuidados que mãe deveria ter com a criança, a acusada solicitou uma previdência que chegava a 86 mil libras anuais (cerca de R$ 270 mil), à qual quis somar mais receitas por acolher em sua casa outras crianças que, na realidade, não existiam.
“Não tenho dúvidas de que a senhora perdeu qualquer capacidade de contar a verdade”, disse o juiz durante o julgamento.
A mulher manteve a farsa, inclusive, durante uma viagem aos Estados Unidos, na qual levou a criança de férias, em uma cadeira de rodas, para “poder furar as filas das atrações” de um parque temático da Flórida.