Cathy Donnelly, de 58 anos, já é avó de deis netos, mas resolveu ter mais um por conta própria. Explica-se: a filha Shannon Fischer sempre quis ser mãe, mas descobriu ser incapaz de conceber. Para realizar o sonho da moça, dentro de três meses Cathy dará à luz ao sétimo neto, filho de sua filha.
Segundo o jornal britânico “Mirror”, Shannon descobriu ser infértil depois de dois anos de tentativas com seu marido Jamie. Após exames, foi constado um problema com seu útero, resultando na impossibilidade de gerar um bebê naturalmente, ou por meio de fertilização. A única solução para ela seria uma barriga de aluguel.
Ao ver a tristeza da filha, Cathy, que tem outros dois herdeiros, se ofereceu para ajudar o casal, de Ontário, Canadá. “Me senti mal por eles. Eu apenas pensei, ‘o que são nove meses da minha vida, perto de um filho para o resto da vida deles?’ Foi aí que comecei a tomar uma forte dose de medicamentos para fertilidade e no final tudo deu certo”, contou a avó-mãe.
Cathy diz que a confirmação da gravidez veio num momento inesperado. “Eu estava na fila para compra um café, quando meu médico ligou dando a notícia e eu comecei a gritar. As pessoas ao meu redor devem ter achado que alguém tinha morrido”, brinca.
Apesar da gravidez bem sucedida, o especialista em fertilidade, Michael Murray, garante que a fertilização em uma mulher nessa idade não é aconselhada pela comunidade médica. “Geralmente é uma amiga próxima, ou uma irmã, que atua como ‘barriga de aluguel’, mas mulheres com mais de 45 anos, normalmente, não têm saúde boa o suficiente para isso e a gravidez é muito mais arriscada, por conta de complicações como pressão alta, diabetes gestacional, entre outros”, explica.
Mesmo com todos os contras, a vovó Cathy está disposta a aceitar os riscos, porém, admite que a gravidez não tem sido fácil, além dos olhares que enfrenta na rua. “Eles provavelmente pensam, ‘olhe para aquela velha senhora’”, confessa. No entanto, em três meses o bebê chega e já vêm estreitando os laços entre mãe e filha.
Shannon garante que se sente ainda mais próxima da mãe após a fecundação. “Estamos muito mais próximas do que antes. Quero ser para minha filha o mesmo que ela é para mim”, diz a futura mamãe.