Mulher com apenas metade do corpo desafia medicina e tem dois filhos saudáveis
Rosemary Siggins nasceu com uma doença rara, chamada agenesia sacral, que provoca anomalias na coluna vertebral, desta forma, suas pernas, que não se desenvolveram da forma correta, foram removidas quando ela tinha dois anos e a mulher passou a ter apenas metade do corpo. Agora ela se locomovem em cima de um skate e, ao contrário do que previam os médicos, ela deu à luz dois filhos totalmente saudáveis.
Aos 39 anos, Rose vive em Pueblo, no Colorado, EUA, e chegou a receber pernas protéticas aos seis anos, mas era muito doloroso para ela usá-las, então, preferiu usar o skate. “Meu skate é muito importante para mim, ele me faz sentir livre. As crianças acham ele legal”, disse Rose à revista “Closer”. A mãe de Luke, de 13 anos e Shelby, de 6, também dirige seu próprio carro adaptado e os leva para a escola todos os dias.
Durante toda a adolescência, Rose sofreu achando que nunca encontraria alguém para se casar e constituir uma família. Até que em 1997, aos 24 anos, quando trabalhava como mecânica, ela conheceu Dave Siggins, que trabalhava em uma loja de autopeças frequentada pela moça. A atração entre os dois foi imediata, logo veio o namoro e o primeiro filho.
“Ele me tratou como a qualquer outra mulher e me disse que eu era bonita. Oito meses depois começamos a namorar”, contou. O casal (que tem uma vida sexual normal), acreditava não ser capaz de gerar filhos, pois a doença de Rose provoca danos no sistema reprodutivo, no entanto, um ano depois do inicio do relacionamento, estavam esperando Luke.
“Quando fui ao meu especialista, eles disseram que ninguém com agenesia sacral tinha tido um bebê e que a gravidez poderia esmagar meus órgãos internos. Um médico me aconselhou fazer um aborto, mas eu recusei. Por sorte foi uma gravidez fácil e Luke nasceu saudável em janeiro de 1999”, disse.
Em 2005 ela engravidou novamente, mas desta vez as coisas não foram tão simples. Rose teve sangramentos, problemas respiratórios, dores abdominais e precisou fazer uma cirurgia de apêndice e retirada da vesícula. Depois do nascimento da menina, a saúde da mãe não foi mais a mesma e ela não pôde mais trabalhar e, eventualmente, precisa andar em uma cadeira de rodas.
“Eu tenho uma vida toda de desafios e sou muito grata pelos dois filhos fantásticos e o marido amoroso que tenho. Mas eu finalmente percebi que não sou uma Supermulher”, admitiu. Apesar das dificuldades todas, ela não desiste, e tenta ter uma vida mais normal possível. Segundo Rose, seus filhos gostam muito de ter a menor (e melhor) mãe do mundo.