Um dia após o protesto “Pedalada Pelada”, realizado em diversas cidades mundo a fora com o intuito de alertar sobre os perigos que os ciclistas correm ao dividir espaço com os carros nas ruas, um adepto do esporte foi atropelado na avenida Paulista, em São Paulo. No acidente, o braço direito do homem foi amputado. O motorista, que supostamente estava embriagado, tentou se livrar do membro em um córrego da cidade e se entregou à polícia.
Preso, Alex Siwek, de 22 anos, confessou ter atropelado o ciclista David Santos de Souza, de 21 anos, próximo à estação Brigadeiro do metrô, por volta das 5h30 deste domingo (10). Neste horário, a ciclofaixa disponibilizada no local ainda não estava funcionando.
David foi levado para o Hospital das Clínicas, segue internado e não corre risco de morte. Segundo informações do “G1”, o motorista será indiciado por tentativa de homicídio doloso, omissão de socorro, fuga, embriaguez ao volante e por tentar se desfazer do braço da vítima – Alex confessou ter jogado o membro no córrego que corta a avenida Ricardo Jafet, que fica a pouco mais de 5km do local do acidente.
Por volta das 16h30 do mesmo dia, cerca de 100 ciclistas ocuparam quase todas as faixas da avenida onde ocorreu o acidente, em protesto solidário ao colega atropelado. Os manifestantes foram até a delegacia onde o motorista está preso.
Em março de 2012, a ciclista Juliana Ingrid Dias, de 33 anos, foi atropelada por um ônibus próximo a estação Trianon-Masp, na mesma avenida, e morreu. Em janeiro de 2009, Marcia Regina de Andrade Prado, 40 anos, sofreu acidente semelhante neste trecho e também não resistiu. Hoje existem duas bicicletas no local, que servem como monumento em memória das mulheres.