A Interpol (polícia internacional) advertiu nesta segunda-feira (02) à comunidade internacional da necessidade de ficar “totalmente alerta” perante a possibilidade de a Al Qaeda adotar represálias para demonstrar que a organização ainda existe, apesar da morte do seu líder, Osama bin Laden.
O secretário-geral da Interpol, Ronald K. Noble, ressaltou “que, embora o terrorista mais procurado esteja morto, isso não significa o desaparecimento da Al Qaeda nem das organizações inspiradas nela, que vão a continuar realizando ataques em todo o mundo”.
Por isso, “necessitamos nos manter unidos e centrados em nossa cooperação e luta, não só contra essa ameaça global, mas também contra qualquer ato terrorista por parte de qualquer grupo em qualquer lugar”, ressaltou.
O representante da Interpol lembrou que “desde 11 de setembro de 2001 (em referência aos ataques contra os Estados Unidos), ocorreram atentados terroristas mortais no mundo todo”.
Ele acrescentou que “nenhum continente nem região se livrou do terrorismo” e que ainda existem membros da Al Qaeda, de suas células e de grupos inspirados nela “dedicados a realizar ataques”.
No entanto, Noble afirmou que o sucesso da manobra que culminou na morte do líder da Al Qaeda representa “um duro golpe para uma organização que requer a seus membros jurar lealdade pessoal a Bin Laden”.
O secretário-geral da Interpol disse ainda que, dez anos depois dos atentados de 11 de setembro, a morte do mentor desse ataque é um “final adequado para um símbolo e promotor do terrorismo a nível global, cujas ações resultaram na morte de milhares de vítimas inocentes nos EUA e ao redor do mundo”.