O homem em situação de rua agredido pela GCM da cidade de São Paulo, Samir Ahamad, de 40 anos, teve o punho quebrado durante ação truculenta por parte da corporação, que é administrada pelo poder municipal, gerido por João Dória.
Segundo o G1, ele começaria um emprego de servente de pedreiro nesta quinta-feira (4), mas não pode devido ao machucado deixado pelos guardas, que confiscaram todos os seus poucos pertences.
A agressão ocorreu durante uma operação da Prefeitura de São Paulo que buscava colher pertences abandonados pelos moradores de rua. A ação foi gravada pelo estudante de jornalismo Marcos Hermanson e divulgada pelo site Ponte.
No vídeo, é possível ver o GCM jogando o rapaz no chão e depois o agarrando pelo colarinho da camiseta. Ele só é intimidado ao perceber a aglomeração de pessoas que, preocupadas com o que poderia acontecer, pedem que os guardas não usem da força física.
Samir foi encaminhado ao 35º Distrito Policial, próximo de onde foi abordado, no bairro da Conceição, zona sul de São Paulo. O delegado percebeu que ele estava machucado e resolveu encaminhá-lo ao hospital. Ele ficará 120 dias com o braço engessado, mas disse que não irá desistir do trabalho. “Nunca! Porque eu tenho a minha vida ainda. A vida não para e tem que tocar ela para a frente”, disse ele.
Após o ocorrido, a corregedoria da Guarda Civil Metropolitana enviou nota dizendo ter afastado o agente, além de dizer que irá apurar o caso e afastar os envolvidos temporariamente. A Secretaria de Direitos Humanos afirmou que vai acompanhar a investigação.
O vereador Eduardo Suplicy (PT-SP) repudiou a ação e criticou a gestão Dória no Twitter.
CIDADE LINDA PARA QUEM?
Eis a forma que a zeladoria do prefeito João Doria com a GCM tratam as pessoas em situação de rua em SP. pic.twitter.com/7y8PkA887e— Suplicy (@esuplicy) 3 de maio de 2017
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Créditos: Reprodução/Bored Panda