Ceninha clássica: Almoço de família. Você, já imaginando o que te espera, vai meio que sem ânimo para o evento. Chegando lá, o óbvio acontece. Uma de suas tias se aproxima, aperta sua bochecha e diz: “Nossa, como ela cresceu!”. Até aí, dá para levar. Mas é claro que o espetáculo está apenas começando. Logo mais outra tia se aproxima e te interroga sobre seus “namoradinhos”. Pronto, a “criança grande” (lê-se você), virou atração da festa.

E a pergunta que não quer calar é: quando será que eles vão se tocar que você realmente cresceu e que quer ser tratado como gente grande? Não sei, mas talvez você tenha que começar a mostrar isso à eles.

Daí você me pergunta: mas como eu faço isso? Bem, primeiro de tudo tente dizer a eles numa boa que você não gosta desse tipo de tratamento. Lembre-se que grosseria faz qualquer um perder a razão! Se sua família for legal, vão se tocar que devem mudar o tratamento.

Mas uma família mala nunca se toca assim de prima. E é aí que entra o plano B. Comece a mostrar para eles que sua vida está de fato diferente. Fale dos seus compromissos diários, da sua faculdade ou escola, do seu trampo (se tiver, se não demonstre ter vontade), dos seus relacionamentos (esse último, só se você quiser e tiver um maduro o suficiente para servir de exemplo. Afinal, esse assunto pode virar outro pesadelo na boca dos seus familiares).

“Minha família só me olhou como “gente grande” quando eu levei minha namorada em um almoço familiar e falei dos nossos planos de casar. Antes disso, por mais que eu falasse de trabalho, era como se entrasse por um ouvido e saísse por outro” disse Ricardo Passos, 25 anos.

Em casos como o da família do Ricardo o melhor que você tem a fazer é, no bom português, ligar o botão do “nem ligo”. E daí que seus parentes te tratam como criança? Eles pagam suas contas? Freqüentam as mesmas festas que você? Influenciam seus amigos? Acredito que não, né? É importante apenas que você mostre que cresceu dentro da sua casa, para os seus pais. O resto é perfumaria!


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Minha família me vê como criança!

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