Cachorro de três patas é melhor amigo de menino com doença genética
Um menino do Reino Unido, que sofre de uma doença rara, vem conseguindo melhorar desde que iniciou uma amizade inseparável com um cão de três patas. O tímido Owen Howkins, de sete anos, sentia um medo incontrolável de frequentar espaços abertos e tornou-se retraído, e evitando situações em que precisava socializar com outras pessoas. O problema persistiu até que foi descoberta a desordem genética que lhe impedia de ser igual às crianças de sua escola.
Owen sofre de uma síndrome chamada Schwartz-Jampel, que faz com que os músculos fiquem permanentemente tensos e deixou o garoto com medo de falar com as pessoas e preocupado em sair de sua casa em Basingstoke, Hampshire.
Mas a vida do garoto começou a mudar quando seus pais viram no Facebook a triste história de um cachorro abandonado. Haatchi tem dois anos e há dez meses foi amarrado e deixado em uma linha de trem, quando foi atropelado e perdeu uma de suas patas traseiras e o rabo.
Penalizada com a história, a família resolveu adotar o cachorro, que, assim como o filho, teve um início de vida bastante conturbado. A ligação entre o menino e o cão foi imediata e a melhora de Owen pôde ser vista a olhos nus.
Agora o pequeno está falante, sai para levar o cachorro para passear e adora contar a todos todas as travessuras de seu animal de estimação. “Owen costumava ter medo de estranhos, mas agora ele quer falar com todos sobre Haatchi e sair para mostrar o cão. A diferença que percebemos nele não pode ser colocada em palavras”, disse Will, pai do garoto, ao “Daily Mail”.
O amor e cumplicidade dos dois, que não se separam praticamente para nada (até no banho ficam próximos), vai render um prêmio a Haatchi. Pelo impacto positivo na vida de Owen, o cachorro receberá honrarias do Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal, premiação que acontece na Câmara de Londres na próxima semana.
“Quando ouvimos a incrível história de sobrevivência de Haatchi e a relação especial dele com Owen, nós decidimos que ele precisaria ser homenageado no prêmio deste ano”, explicou Robbie Marsland, diretor da premiação.
Além do prêmio, Haatchi também completou um curso de 15 meses, que o habilita a ser um “animal terapêutico”, e ele, em breve, visitará pessoas que, assim como ele, sofreram amputações e crianças doentes em estado terminal.