Marco Pigossi
Quem?!?! Ator global
TWITTER
Emílio: Você é moderníssimo como nós e usa o Twitter?
Marco: Não sou moderníssimo, mas uso o Twitter para divulgar meu trabalho.
Emílio: Você só conversa com famosões?
Marco: Não. Eles nem falam comigo. Não uso para conversar, só para trabalhar.
Amanda: Então, você não é nem famoso ainda.
Marco: Não. Ninguém nem fala comigo no Twitter.
ARIANO
Emílio: Você está se apresentando na Mooca, em SP, com a peça “O Santo e a Porca”, que foi escrita por Ariano Suassuna. Você não deve nem conhecer este escritor, carioca.
Carioca: O escritor?
Emílio: O que ele escreveu?
Carioca: Agora você me pegou, mas eu vou lembrar e te falo.
Emílio: Ele escreveu “O Auto da Compadecida”.
Carioca: Eu não sou obrigado a saber o que o Ariano escreveu.
O SANTO E A PORCA
Emílio: Como é a história desta peça?
Silveirinha: Conta um pouquinho pra gente.
Marco: É a história de um cara que é muito avarento e guarda dinheiro dentro de uma porca de mentira durante toda sua vida. Além disso, ele é devoto de Santo Antonio. Então, ele passa a peça inteira tentando descobrir se ele fica com a porca ou com o santo. É a avareza contra o espiritual. Em paralelo, como é característica das obras do Suassuna, existe a história e as confusões dos empregados do tal avarento. Na verdade, cada um está interessado na sua vida e o avarento pensa que todos querem sua porca de dinheiro. É uma comédia, uma brincadeira, dinâmica. Temos três indicações ao prêmio Shell.
CARREIRA
Emílio: Você é muito novo.
Marco: Sou de 1989. Tenho 21 anos.
Emílio: Quando você decidiu seguir carreira no teatro e na Tv?
Marco: Eu sou de SP, comecei a fazer curso de teatro aos 13 anos. Sabe como é. Hoje em dia, criança em SP não tem o que fazer em casa. Também não pode brincar na rua por causa da violência. Então, os pais colocam no inglês, na natação e no teatro, que foi o que eu fui fazer. Com 16 anos, comecei a viajar com peça e aos 18 fiz minha primeira novela na Globo.
Silveirinha: Ele tem 05 anos de carreira.
Emílio: Você fez curso livre de teatro?
Marco: Sim, em uma escola que já nem existe mais.
Emílio: Fez oficina de atores da Globo?
Marco: Não. Fiz direto “Eterna Magia”, que não deu muito certo, não deu audiência, mas pra mim foi bom porque pude aprender bastante.
Emílio: os seus pais aceitaram sua escolha numa boa?
Marco: De início, meu pai foi contra. Ele é médico, um tanto quanto conservador, mas depois que fui fazer novela, ele gostou.
Carol: É só na novela que o povo acredita.
Emílio: Você foi fazer novela para pegar mulher ou tostar?
Marco: Hoje, a novela é importante para o ator mostrar seu trabalho. É por isso que eu aceitei os trabalhos na Tv.
