Marcio Américo
Dramaturgo, ator, roteirista e comediante stand up.
NÃO DÁ DINHEIRO?
 Emilio: Você é ator, dramaturgo e roteirista. Por que foi se meter nessa vida de stand up comedy?
 Marcio: Babaquice, não? Não precisava. Mais uma profissão que não ganha dinheiro.
 Bola: Podia ser astronauta.
 Marcio: Fazer stand up na lua?
 Bola: Isso aí.
 Emilio: Não dá dinheiro?
 Marcio: Stand up veio como consequência do trabalho. Eu sempre gostei de humor. Tanto na literatura quanto no teatro sempre trabalhei com humor.
DROGAS
 Emilio: Como foi que você entrou nesse negócio de drogas?
 Marcio: Na verdade eu nem usei muito. Eu usava um período e depois ficava um tempão sem usar, quando eu tava internado.
 Amanda: Fraco você, né?
 Bola: Quando você ficava internado não usava, entendi.
 Marcio: Você passa por cada coisa nessas internações. Nas terças eles serviam suflê de chuchu e ninguém comia. Eu entrei nessa via eu acho que por meio de uma busca por identidade e não percebi que a perdi para os traficantes. Tem gente que perde coisa pior.
 Evandro: Tipo o quê?
 Marcio: Tipo coisas que você só recupera com uma cirurgia no local.
 Carioca: Agora você tá limpo?
 Marcio: Estou, minha única droga é Big Brother.
BEBIDA
 Marcio: O pessoal fala muito de drogas como crack e cocaína, mas esquecem do álcool.
 Emilio: Do cigarro e do tabaco também.
 Marcio: A nossa geração começou a beber muito cedo.
 Emilio: A minha mãe colocava Martini na minha mamadeira para eu dormir tranquilinho.
 Amanda: Ah, é tão docinho!
 Bola: Dá aquela moleza!
 Marcio: Quando eu era criança, a minha primeira bebida alcoólica foi o Biotônico Fontoura.
 Emilio: O pessoal começa com uma cervejinha, não é? É o álcool que dispara as outras drogas.
 Marcio: Não conheço ninguém que tenha começado direto com maconha, sempre começou pelo álcool.
 
                     
                    
 
			

