Muita gente tem medo que os computadores tomem o lugar das pessoas, aumentando a taxa de desemprego. Porém, duas ex-estudantes do renomado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) decidiram desafiar esta crença e criar uma marca de roupas onde um software é quem trabalha como estilista.
“Acreditamos que podemos alcançar os resultados mais criativos e produtivos quando humanos e máquinas trabalham juntos para complementarem forças e habilidades”, explicam Pinar Yanardag e Emily Salvador, criadoras da marca Glitch. Yanardag é PhD em Ciências da Computação e fez o pós-doutorado no MIT, com ênfase em AI e criatividade. Já Salvador formou-se em Engenharia Elétrica e Ciências da Computação e completou o mestrado no MIT.
As duas se conheceram em um curso que encoraja os alunos a usarem softwares para criarem produtos criativos, como artes, joias e até perfumes, então por que não uma linha de roupas? “A.I. [inteligência artificial] pode nos inspirar a criar coisas que não existiriam sem sua ajuda: um vestido assimétrico com uma manga normal e a outra em formato de sino, um vestido de lantejoulas com penas rosas, um vestido preto e branco minimalista”, explicam.
De acordo com a Vice, após serem gerados por inteligência artificial, os desenhos são enviados a designers que os transformam em realidade. Segundo as criadoras, por enquanto, a maior parte das peças são vendidas para outras mulheres que também atuam na área de tecnologia.
“Por fora parece um vestido legal, ou algo assim, mas por dentro é uma declaração poderosa sobre sua afinidade com tecnologia, ou seu interesse em inteligência artificial e computação”, explica Salvador à publicação.
Para encorajar outras mulheres, 50% do valor do modelo ‘Little Black Dress’, que custa US$75 (aproximadamente R$290), são revertidos à organização AnitaB, cujo foco são garotas que estão entrando nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática.
Você pode comprar uma das peças diferentonas da Glitch pelo site da marca.