Um pequeno grupo de manifestantes passou sua segunda noite acampado próximo ao prédio do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, à espera que o governante escute suas reivindicações.

Seu protesto, um dos muitos que explodiram no Brasil nas últimas duas semanas, começou na noite de sexta-feira (21) e continua hoje, para quando estão previstas novas manifestações não só no Rio, mas em várias outras cidades.

Em Fortaleza, onde Espanha e Nigéria se enfrentarão em partida válida pela Copa das Confederações, o protesto será contra as elevadas despesas do Governo Federal nos estádios exigidos pela Fifa para que o Brasil organize a Copa do Mundo 2014.

Os manifestantes, que completaram mais de 40 horas acampados na frente da residência particular de Cabral no Leblon, querem uma explicação do governador aos excessos cometidos pela polícia na repressão à manifestação de quinta-feira passada.

A polícia, atacada por um pequeno grupo perto da prefeitura, lançou gás lacrimogêneo para dispersar a manifestação e saiu em perseguição por várias ruas do Centro e da Lapa atrás de quem promovia atos de vandalismo, mas sem poupar quem marchava pacificamente e centenas de pessoas que estavam em bares e restaurantes alheios ao protesto.

Os manifestantes, que na noite da sexta-feira passavam de mil, mas foram diminuindo, montaram quatro barracas na Avenida Delfim Moreira e obrigou a polícia a fechar a via novamente neste domingo para evitar um acidente ou um incidente com os motoristas que passam pelo local.

Para este domingo também foi convocado uma protesto na praia de Copacabana, nesse caso uma passeata contra a PEC 37, que retira do Ministério Público a atribuição de realizar investigações criminais e, segundo os manifestantes, pode favorecer a impunidade de políticos corruptos.

Algumas das organizações que promovem as manifestações também propõem nas redes sociais uma possível paralisação de atividades para a próxima quinta-feira, o que pode ser proibido pela Justiça, uma vez que as greves só podem ser convocadas por sindicatos formalmente registrados. 


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Manifestantes completam 2 noites acampados próximos à casa de Sérgio Cabral

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