Conheci um cara que ia quase todos os dias em algum velório para rezar por gente que nunca tinha visto na vida. Teve outro que não dormia antes de assistir a desenhos animados na TV, por mais cansado que ele estivesse, conta Maria Lúcia Lacerda, 23, estudante de Direito.
Dá pra imaginar como seria o convívio com alguém cheio de manias? E na hora do sexo, então? As diferenças e as peculiaridades são muitas.
Ele adora fazer em público, e quanto mais perigoso, melhor. Ela só faz se for no escurinho. Ele não consegue transar sem tirar as meias. Ela grita, esperneia e chama o cara pelos nomes mais absurdos… Pode não parecer nada demais, mas com o passar do tempo essas pequenas coisas têm chances de se tornar grandes problemas.
Muitas vezes, um relacionamento pode acabar por causa do desgaste provocado pela convivência com as manias de cada um. É o que aconteceu com o estudante de Arquitetura João Carlos Ribeiro, 22. Não agüentava mais! A menina tinha mania de limpeza e queria ajeitar tudo o que via pela frente. E quando ela deixava a luz do corredor acesa na hora de dormir? Eu não suportava, revela.
Apesar disso, João Carlos reconhece que não era só ele que estava se sentindo incomodado. Ela também já estava reclamando das minhas estranhezas. Falava que eu dormia demais, que eu bebia demais, que eu tinha mania de ouvir música alta dentro do carro e até que eu arrotava na frente de todo mundo sem perceber. Dizia que no começo era até engraçado, mas que depois ficou complicado para conviver com tantas maluquices, declara.
Todos temos nossas manias e, muitas vezes, nem nos damos conta disso. O que parece estranho para um, pode significar algo completamente normal para outro. É fato que, em alguns momentos, ter esquisitices demais pode encher o saco de quem está ficando com a gente. Por outro lado, conhecer essas manias estranhas de cada um e saber conviver com elas é o que faz a intimidade crescer, além de deixar o relacionamento ainda mais especial, não é verdade?