Mãe comia dieta bizarra de esponja e areia
Uma mãe passou a ter um desejo insaciável de comer esponjas e areia, ao longo de suas gestações. O estranho hábito de comer até 20 destas delícias apareceu para Kelly-Marie Pearce, 28, na primeira gestação do filho Lucian, e também na segunda, da filha Lola, quando a mãe costumava levar o filho para praia, para juntos coletarem esponjas e areia.
“Tinha um gosto maravilhoso, na época”, disse ao “Daily Mail”. “Eu me saciava de tanto comer. Era exatamente o que eu precisava. Por dia, eu comia tigelas e tigelas. Eu só comia areia e esponjas”, completou.
Este tipo de comportamento não é tão raro quando se imagina. É um transtorno conhecido por alotriofagia, que pode ocorrer em qualquer período da vida, e se caracteriza pelo apetite por coisas ou substâncias não alimentares.
No caso de Kelly, o desencadeador do transtorno foi a troca de areia da gaiola do papagaio. “Eu sentia um gosto estranho na boca. Sabia que deseja algo para comer, mas não sabia o quê. Até que vi areia na gaiola de meu papagaio e tive certeza de que era isso que eu queria”, explicou. “É igual a quando você gosta de chocolate e pega um pedaço: é muito gostoso”, disse.
Depois de um tempo, só a areia não mais saciava. Foi aí que ela conheceu as esponjas. “Eu estava um dia no banho e olhei para a esponja. Ela era nova e eu comecei a comê-la. Comecei mastigando aos poucos, até amolece-la. Daí tive a ideia de chuchar na areia para comer, e ficou muito bom”, relatou.
O hábito de comer objetos não-comestíveis pode surgir a partir de alguma deficiência de nutrientes no corpo, segundo o jornal “Dailymail”. Algumas pessoas comem terra e em muitas delas encontra-se a falta de ferro. Outras pessoas desenvolvem estes distúrbios em virtude de uma estafa provocada por stress. São transtornos alimentares que podem resultar em complicações perigosas para o metabolismo do corpo.
O marido de Kelly, Damian, 31, passou a ficar preocupado com os filhos que estavam para nascer. Com medo de que nascessem desnutridos ou com carências perigosas de nutrientes. Ele só ficou aliviado quando a obstetra de sua mulher disse que as crianças estavam saudáveis.
“Pessoas vêm até nós dizendo que sofrem deste transtorno e que, portanto, estão sofrendo por não ingerirem quase nenhum nutriente – e esta é uma condição que pode trazer grandes malefícios para a saúde”, disse um porta voz da instituição de caridade BEAT, que trata pessoas com este transtorno. “Sobretudo quando estão grávidas, é muito importante uma alimentação que nutra tanto a mãe quanto o filho”, completou.