Vape pens, dispositivos para fumar maconha sem soltar fumaça
O gif aqui em cima mostra o momento mais “que raios foi isso?” do prêmio Emmy, realizado na segunda-feira (25). Na imagem, a comediante Sarah Silverman mostra ao canal E! Entertainment o que carrega em sua bolsa: um vaporizador portátil, conhecido como vape pen, cheinho de óleo de maconha. A repórter Giuliana Rancic pode até ter ficado chocada com a situação, mas o fato é que, recentemente, esse dispositivo se tornou um hypado objeto de consumo nos Estados Unidos (alguns dos modelos são bem estilosos – dá uma olhada na nossa galeria de fotos aqui em cima).
As vape pens operam de forma parecida com o cigarro eletrônico. Ambos não soltam fumaça e nem cheiro. A diferença é que as vape pens são feitas especificamente para vaporizar as moléculas no óleo de maconha que dão barato. Sim, tem de ser óleo de maconha; a maioria das vape pens não são capazes de vaporizar a planta em si.
De acordo com uma reportagem da National Public Radio, os fãs de marijuana estão loucos pelas canetinhas de vapor. Pessoas que nunca fumariam um baseado estão fumando maconha em vape pens, já que elas distanciam do estigma em torno da droga.
Sarah Silverman estava dentro da lei carregando uma vape pen com óleo da maconha por aí. A venda e o uso da droga no estado da Califórnia, onde ocorreu o Emmy, é permitida. Na maioria dos estados norte-americanos em que a maconha é legalizada, não há regulamentação quanto ao uso de vaporizadores.
O problema, de acordo com especialistas, é que o óleo de maconha permite uma concentração de THC (substância psicoativa da Cannabis) muito maior do que a da planta em si. As pessoas podem ficar muito mal se passarem da conta e até sofrer danos físicos por causa da chapação. Daí, a necessidade do debate, lá na gringa, sobre a regulamentação dos vaporizadores portáteis e dos óleos concentrados de Cannabis.