A maconha legal produzida no Uruguai começará a ser distribuída em farmácias a partir do segundo semestre de 2014, garantiu nesta sexta-feira (28) o secretário da Junta Nacional de Drogas (JND), Julio Calzada.
A lei que regula a produção, compra e venda de maconha no Uruguai, aprovada pelo Parlamento em dezembro de 2013, apresentará sua regulamentação nos próximos dias, dentro dos quatro meses de prazo máximo previsto para sua articulação.
O processo de implementação da lei, por outro lado, “terá outro ritmo”, devido entre outros fatores ao “processo biológico da planta” de cannabis, que “não pode ser alterado pela ação humana”, detalhou Calzada.
“Para que a maconha esteja disponível em farmácias, primeiro é preciso plantar, colher, secar, empacotar e distribuir”, argumentou o secretário da JND, antecipando que tal processo não terminará antes do segundo semestre do ano.
Os requisitos dos prédios para cultivar maconha e o software empregado para os registros de consumidores legais e a emissão de licenças para os cultivadores são alguns dos aspectos que o regulamento da lei concretizará, segundo Calzada.
O secretário da JND realizou estas declarações à imprensa após participar da assinatura de um convênio entre a Junta uruguaia e o Instituto alemão Max Planck de Pesquisa Criminológica (MPI), um acordo que definiu como “muito relevante do ponto de vista acadêmico”.
O diretor do MPI, Hans-Jörg Albrecht, louvou a política sobre cannabis adotada no Uruguai e a definiu como “um passo adiante nos mecanismos de controle de drogas” que vai ser “imitado por outros países nos próximos dois ou três anos”.