Luiza Possi
Créditos: Thiago Oliveira
Quem?!?! Cantora
CD E DVD
Emílio: Eu quero saber o seguinte: esse seu novo DVD, você gravou onde?
Luiza Possi: Gravei no Citibank Hall aqui em São Paulo.
Emílio: Certo. E o CD é para ouvir na pista de dança, é isso?
Luiza Possi: É? Acho que não.
Emílio: Não é na pista de dança? Então é no motel!
Luiza Possi: Acho que você pode ouvir no carro. O carro é o melhor lugar para ouvi-lo.
Emílio: Eu te darei três opções sobre onde se ouvir música.
Luiza Possi: Vamos lá, três opções.
Emílio: A primeira, você ouve música na pista de dança, a segunda é no motel e a terceira é se embriagando.
Luiza Possi: Ai meu Deus, são só essas três opções?
Emílio: Só. Onde é que você ouve música?
Luiza Possi: É que no motel tem aquele esqueminha de rádio, que é horrível.
Emílio: E você gosta de motel?
Luiza Possi: Não gosto muito de motel, Emílio. Acho o travesseiro muito duro. Então, não é para ouvir o meu CD no motel.
Emílio: Já eliminamos a primeira opção.
Luiza Possi: Embriagado também não porque eu encontrei Jesus e parei de beber.
Emílio: Não nos diga isso!
Luiza Possi: Parei de beber! Emagreci sete quilos depois que eu parei de beber.
Emílio: Mas você bebia muito?
Luiza Possi: Não que eu bebia muito, de beber todo dia. Nada disso. Mas o negócio é que você fala: “vou beber três copos”, mas no terceiro copo você já perdeu a consciência e já esqueceu do que falou antes. Daí você bebe mais três copos e por aí vai, entendeu!?
ÍDOLOS
Emílio: Luiza, e o Ídolos?
Luiza Possi: Foi muito bom, cara! Foi irado!
Emílio: E você continua lá?
Luiza Possi: Cara, não sei nem o que vai acontecer com o programa. Não foi falado nada. Porque ta rolando o Pan (jogos panamericanos), teve “A Fazenda”… E ninguém ta falando nada ainda.
Carioca: Vai ter “O Aprendiz” também.
Emílio: é porque é todo ano, uma vez por ano.
Luiza Possi: Emílio, juro para você – você sabe que se eu soubesse, eu falaria -, eu não sei nada sobre o “Ídolos”. Mas o programa foi uma experiência muito boa na minha vida, porque eu aprendi muito como ser humano e como profissional. Como diria a minha diretora, Fernanda Teles, você não passa por um reality sem o reality passar por você. E realmente, cara, aprendi muito assim…
Emílio: Mas você chegou a se envolver com a história dos caras?
Luiza Possi: Muito! Porque, na verdade, o reality é seu. A gente ficava lá 15 horas por dia, vendo 100 pessoas, cara. E as pessoas chegam lá e é o sonho delas e da família delas, e tem 10 pessoas esperando pela pessoa sair da sala. E o teu “sim” ou o seu “não” parece que vai mudar a vida delas. Então, primeiro, você precisa fazer a pessoa entender que não é bem assim. Depois disso, dizer um sim ou um não. Mas por mais que você faça isso de uma maneira branda, com amor e tal, o pessoal vai ficar arrasado. Porque ninguém gosta de ouvir não, ninguém gosta dessa frustração. Então, às vezes, acabava o dia e eu estava arrasada, chegava no hotel chorando.
ARTE X FAMA
Emílio: Hoje em dia, também, está todo mundo mais preocupado em ficar famoso do que ser artista.
Luiza Possi: Na verdade, artista ficava rico depois que morria, praticamente. E hoje em dia existe uma inversão de valores muito grande. Celebridade é artista? Artista é celebridade? Como é que é isso, sabe? Aí colocam uma foto da “fulaninha popozuda” ao lado da minha mãe (Zizi Possi) e falam: “as cantoras.” Sabe esse tipo de coisa?
Emílio: As “popozudas” têm peso hoje em dia.
Luiza Possi: Opa! Que peso!
Carioca: Têm representatividade.
Amanda: Mas é aquilo que o Emílio falou. Elas acabam tendo a mesma importância que a mãe dela.
Emílio: Como artista, não. Mas como página de revista…
Amanda: É o mesmo produto.
Luiza Possi: Exato.
Pior: Porque sua mãe tem toda uma obra, uma história.
Luiza Possi: Sim, mas o ruim é quando confunde assim como ela falou.