Léo Jaime, Fabio Porchat e Léo Lins
Quem?!?! Comediantes!
ESTREIA
Emílio: Como foi a estreia da sua peça stand-up na semana passada?
Leo Jaime: Eu estava muito nervoso.
Emílio: A casa estava cheia?
Leo Jaime: Muito cheia, um público muito legal, funcionou bem.
Porchat: Poucos convidados e muitos pagantes.
Emílio: Leo Lins, qual análise você faz da estreia do Leo Jaime como comediante?
Leo Lins: Ele foi bem. A primeira vez dele, na verdade, foi em Campo Grande.
Emílio: pra ninguém ver…
Leo Lins: Exatamente. Mas, em São Paulo, esta foi a primeira vez. Ele estava bem nervoso, com aquelas pizzas debaixo do braço, as manchas de suor. Ele está segurando bem a onda.
Leo Jaime: Se eu ficasse um pouco mais sem graça, virava um velório.
Pior: O importante é acabar a apresentação e passar na bilheteria para pegar sua grana.
Leo Jaime: Isso é um espetáculo.
MÚSICA E COMÉDIA
Emílio: Você canta no seu espetáculo?
Leo Jaime: Não porque não pensei em nada neste sentido ainda. Mas, sei que fica bacana. Eu estou fazendo um curso intensivo de stand-up com meus amigos, aprendendo muito mesmo.
Porchat: No espetáculo a gente não usa nada de figurino. Acho que não caberia ele entrar com um instrumento musical para cantar.
Leo Jaime: O nosso trato é não usar nenhum artifício, objeto, piada conhecida, nada.
Leo Lins: Mas a barriga dele é de verdade.
PÚBLICO
Emílio: O público carioca é muito diferente do público paulista para o humor?
Pior: Tem muita diferença.
Porchat: Em cada estado há um público diferente. Em Curitiba, por exemplo, é muito difícil fazer humor. O público é muito fechado.
Leo Lins: Eu comecei minha carreira em Curitiba.
Emílio: Curitiba… Em guarani, “ritiba” quer dizer “do mundo”.
Pior: No RJ, é um público mais sacana. O povo vai ao espetáculo de chinelo de dedo. Quando eu vejo alguém na porta do teatro de chinelo, já sei que é carioca.
Bola: Vocês mudam o texto para cada estado?
Porchat: Nós adaptamos algumas coisas. O público gosta de notar que o artista se esforçou um pouco para se aproximar da sua realidade.