Lenço enrosca em máquina e funcionária de fábrica tem cabelos arrancados
Créditos: Reprodução/Daily Mail
Um acidente em uma fábrica de reciclagem de cabides para supermercados quase tirou a vida de uma das funcionárias. Kelly Nield, de 24 anos, trabalhava em uma máquina quando quase foi sufocada por um lenço que estava em seu pescoço. O acessório enroscou na correia de engrenagem, prendeu e arrancou boa parte dos cabelos da moça, que também teve o dedo mindinho esmagado enquanto tentava se libertar do aparelho. Ela só conseguiu escapar quando um amigo viu a terrível cena e apertou o botão de desligar.
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“Eu estava tossindo sangue e mal podia respirar, meu dedo estava pendurado. Eu gritei e estava em pânico, mas a fábrica é muito barulhenta. Achei que fosse morrer. Um amigo me viu e veio correndo apertar o botão de desligar. Outro operário se apressou em cortar o lenço que estava no meu pescoço, mas minha garganta imediatamente começou a inchar e eu não podia mais falar. Minha respiração ficou difícil e me lembro de sentir muito fraca, querendo dormir. Quando cheguei ao hospital ficava perguntando aos médicos se eu iria morrer”, relatou ao “Daily Mail”.
O acidente aconteceu em 2009 e Kelly ganhava £ 7 por hora trabalhada na empresa Mainetti (cerca de R$ 23). O caso foi parar na justiça do trabalho e a empresa acabou de ser multada em £ 60 mil (cerca de R$ 200 mil), depois de admitir desrespeito às leis de saúde e segurança em sua fábrica, que fica em Holywell, Nort Wales, no Reino Unido. Além disso, o juiz ainda determinou o pagamento das despesas médicas da funcionária, uma conta de R$ 72 mil, após 3 meses no hospital e várias cirurgias.
Três anos após o acidente ela ainda sofre com as consequências: não pode engolir comida sólida e precisa de uma sonda para levar os alimentos líquidos até seu estômago. O trauma ainda atormenta a moça, que frequentemente em flashbacks dos momentos de horror.
Conforme relatos do processo, a equipe que trabalha na empresa não foi avisada sobre os perigos de usar lenços e cabelos longos próximos às máquinas. O juiz que está cuidando do processo classificou o caso como “acidente premeditado”, já que a empresa não atendia às normas de segurança.
Os donos da companhia pediram desculpas, aceitaram a responsabilidade total no acidente e se comprometeram a melhorar a segurança da empresa.