Com o fim do primeiro turno, dá para olhar para trás e dizer: “Estas eleições têm sido bem estranhas”. Tivemos, entre outras coisas, um candidato a presidente que morreu durante a campanha, um ator hollywoodiano que declarou apoio a uma candidata (para retirá-lo em menos de 24 horas) e um candidato a senador que agrediu uma cidadã na zona eleitoral.
O Virgula fez um resumo, aqui embaixo, dos momentos mais inacreditáveis das eleições até o momento (no próximo dia 26, Aécio e Dilma disputam o segundo turno, e mais emoções estão por vir).
– Morte de Eduardo Campos – O momento mais chocante das eleições deste ano foi a morte do candidato Eduardo Campos (PSB), em razão da queda de seu avião, em Santos (SP), no dia 13 de agosto. Foi o que abriu caminho para a candidatura de Marina Silva, vice da chapa.
– Marina retira apoio ao casamento gay – Pouco depois de se tornar candidata à Presidência, Marina retirou, de seu programa, o trecho em que manifestava apoio à proposta de legalizar o casamento igualitário no Brasil. Pegou mal. A assessoria da campanha, mais tarde, afirmou que o texto divulgado não correspondia ao resultado do processo de discussão sobre o tema, durante a formulação do plano de governo. Colocaram a culpa na edição do texto.
Mark Ruffalo declara apoio a Marina e, em seguida, o retira
– Mark Ruffalo declara apoio a Marina e, em seguida, o retira – O ator que fez Hulk em Os Vingadores decidiu dar pitaco sobre as eleições presidenciais brasileiras e gravou um vídeo de apoio à candidata do PSB. Só elogios ao passado e à visão ambientalista dela. Ao saber da alteração do posicionamento de Marina em relação ao casamento gay, no entanto, ele deu para trás. O apoio durou menos de 24 horas.
Eduardo Jorge (PV) tira sarro de Marina Silva (PSB), a magrinha
– Eduardo Jorge tira Marina em debate – Ao falar sobre dívida externa no debate presidencial da Bandeirantes, o candidato do PV tirou um sarro de sua rival do PSB: “Se auditar a nossa dívida e colocá-la numa ressonância, ela vai sair magrinha, parecida com você”. Marina fez cara de poucos amigos.
– Aécio Neves é acusado de construir aeroporto para benificiar sua família – Pedra no sapato na campanha do ex-governador de Minas, uma reportagem da Folha de S.Paulo, publicada em julho, revelou a construção de um aeroporto na cidade de Cláudio (MG) que custou R$ 14 milhões ao governo de Minas. As obras foram realizadas dentro da fazenda de um tio de Aécio. O tucano negou ter sido beneficiado.
Levy Fidelix polemiza
– Levy Fidelix incita o ódio contra gays – Ao ser questionado por Luciana Genro sobre casamento gay, no debate da Record, o candidato do PRTB chutou o balde. Comparou os homossexuais a pedófilos e disse que “aparelho excretor não reproduz”. Em seguida, ainda soltou: “Nós somos maioria. Vamos enfrentar essa minoria”.
– Selfies nas cabines de votação – Tirar foto na urna é crime e pode dar dois anos de prisão. Ainda assim, muitas pessoas desavisadas (incluindo famosos como Hélio de La Peña, Paula Lavigne e Marcus Buaiz) publicaram selfies em suas redes sociais com muito orgulho, com muito amor.
– Veja confunde Tolstói com Toy Story em declaração de Eduardo Jorge – O site da Revista Veja se confundiu ao transcrever uma fala do candidato do Partido Verde, depois do debate da Globo. De acordo com o veículo, ele teria dito que não fumava maconha e que prefiria assistir à animação Toy Story ao lado do neto. A declaração, no entanto, havia sido: “Nunca precisei desse tipo de emoções, prefiro ler Tolstói, Romain Rolland, brincar com meu neto, jogar futebol”.
Candidato ao Senado agride eleitora em Maceió
– Candidato ao Senado agride eleitora em Maceió – Na capital de Alagoas, o candidato a senador coronel Marcos Antônio Brito (PEN) deu um tapa no rosto de uma eleitora, no local de votação. De acordo com o marido da vítima, Maria Celeste, Brito tentou furar fila e entrou em conflito com outros eleitores. O vídeo foi publicado na internet e viralizou.
Luciana Genro detona Globo em debate da Globo
– Luciana Genro detona Globo em debate da Globo – A candidata do PSOL abriu o debate presidencial da emissora da família Marinho criticando o próprio canal. “Durante toda a campanha eleitoral, a Globo só mostrou os três candidatos que não têm propostas para atacar os interesses das 5 mil famílias mais ricas do Brasil, inclusive a família que é dona da Rede Globo”.