Latino e Daddy Kall


Créditos: Thiago Oliveira

Quem?!?! Músicos e DJs

FAMA
Emílio: A minha avó sempre falava “Que fazer sucesso? Faça, mas aguenta o tranco.” Porque é difícil, não é?
Latino: É verdade. Você tem que saber administrar isso. É complicado porque assim: agora, com as redes sociais, apesar de ter suas vantagens – poder divulgar as “paradas”, falar o que está acontecendo e tudo mais – também serve para denegrir, entendeu. As pessoas vão lá e detonam, falam mal.
Emílio: É tipo a Amanda.
Amanda: Eu sigo o “Latino festa” no Twtter.
Latino: Ah, você me segue? Você me odeia e me segue.
Amanda: Sigo! E te “retuíto” várias vezes.
Latino: Você deve ser uma daquelas pessoas que ficam me sacaneando no Twitter. Falando um monte de coisa, mandando piadinha. Mal criada! Deve ter feito uns 10 twitters diferentes só para ficar me zoando.
Pior: Isso é típico da Classe C, fala mal mas consome. “Eu odeio buchada”, mas come a buchada! “Eu odeio ‘busão’”, mas pega o “busão”! É isso, querido. Não são pessoas autênticas.

KUDURO
Emílio: E o “Kuduro”, já um sucesso?
Latino: Já é um sucesso na noite! Aliás, eu queria agradecer a todos os DJs do Brasil inteiro, porque é uma música que foi implantada na noite. É uma versão do Don Omar, né Kall? Explica um pouco aí um pouquinho.
Daddy Kall: Na verdade, a gente já tinha feito o “Amigo Fura Olho”, que é uma música do Don Omar…
Latino: 40 milhões de “downloads” no Youtube!
Daddy Kall: Isso, teve 40 milhões de “downloads” no Youtube, mas a gente nem esperava isso. Foi uma brincadeira. E todo ano eu vou para os Estados Unidos, passo um mês lá trabalhando e tal…
Latino: O cara é DJ.
Daddy Kall: Fui gravar algumas coisas lá também. E aí, todos os lugares aonde eu ia, eu escutava a música da dança “Kuduro”, mas não era que eu escutava de vez em quando, era muito! Aí eu fiquei a última semana em Miami e falei “cara, quando eu chegar no Rio, vou começar a fazer essa música, para pelo menos ter um “mixtape” ou alguma coisa assim. Aí começamos a fazer e a produzir. Foi quando eu encontrei com o Latino em uma festa e falei “pô Latino, me devolve aquela lá do ‘Amigo Fura Olho’ que eu vou regravar no meu disco do ‘Kuduro’”. Só que o Latino já tinha recebido a oferta de gravar essa música de um presidente de uma gravadora. Ele percebeu que foi a segunda vez em uma semana que o chamaram para gravar a música e me chamou para gravarmos juntos. Em uma semana a gente gravou a música, mas com poucas pretensões. Tipo, pra ver no que ia dar. Também fizemos um videoclipe, que ficou bem bacana. E, em uma semana, o videoclipe teve meio milhão de visitas. Em duas semanas já tinha um milhão. Quer dizer, a coisa tomou um rumo muito maior. Aí os Djs começaram a tocar a nossa versão, que não era o que a gente imaginava. Imaginávamos que, já que o o Don Omar e o Lucenzo já tinham ganho o Grammy Latino e a música ta no soundtrak do filme “Velozes e Furiosos 5”, iríamos ter essa barreira. Mas ta todo mundo tocando a versão brasileira!
Emílio: É como a “Festa no Apê”, né?
Latino: Verdade. Foi a mesma coisa.

ECLÉTICO
Latino: Eu curto ser eclético, viu Emílio. De coração. É uma verdade minha. O que eu faço no palco é verdadeiro. Eu curto fazer isso que eu faço: essas “loucuras musical”. Ver todo mundo se divertindo. Eu não faço show para mim. Tem “muito artistas” que são vaidosos, né. Vão lá e “quer cantar pra eles.” Eu to pouco me lixando pro que eu penso… Eu gosto de tudo, de Miachael Jackson a Elvis Presley, samba, pagode. Tudo, eu gosto de tudo. E é essa minha ecleticidade musical que faz “virar tudo no show” e a gente acaba tendo essa ousadia e um show diferenciado.
Pior: Mas você teria a ousadia de fazer uma dupla com o Justus, por exemplo? Regravar “WAlk This Way.”
Bola: Agora você forçou, hein!
Latino: Cara, eu acho que nessa vida, cara, tudo é possível quando a música é boa e quando a música tem um porquê. SE a história for boa, se a melodia for boa e o momento for adequado: “vai embora.”


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