A data 27 de junho foi considerada, por muito tempo, o Dia Nacional do Diabetes no Brasil. Nessa época eram realizados diversos debates e eventos dentro do assunto, até que, em 1997, nosso calendário se adequou ao internacional e oficializou as discussões do tema para 14 de novembro.
Mesmo assim muitos veículos de comunicação seguem pautando-se no calendário antigo e lançaram hoje matérias relacionadas à doença. Feitos os esclarecimentos, falaremos aqui um pouco sobre esse problema ainda visto pela maioria como algo distante, mas que afeta mais jovens do que poderíamos supor.
Segundo pesquisa de 2006, 58% dos diabéticos brasileiros têm menos de 30 anos. Entre eles está Carolina Masara, que faz 19 no mês que vem e toma cuidados especiais desde os 12, quando foi diagnosticada no tipo 1 (cerca de 10 vezes menos comum do que o tipo 2, e que dificilmente surge após os 35 anos).
Carol sempre teve que se privar de doces e bebidas alcoólicas. Além disso, precisa seguir uma rígida rotina de medicações e exames qualquer deslize poderá se refletir em sintomas como vontade freqüente de urinar, sede constante, fraqueza no corpo, alterações de peso e de humor.
Ainda assim, ela garante levar uma vida saudável e proveitosa. Diabetes não tem cura, mas, uma vez controlada, traz pouquíssimas limitações a quem tem.
Considerada “baladeira” pelas amigas, Carol diz não sentir falta de nada daquilo que lhe é negado. Bebidas são um veneno, eu já sofri por ter que evitar. Mas hoje me adaptei e resisto bem, é até melhor não depender dessas coisas que fazem mal, conta.
Se por um lado o diabetes tipo 2 (caracterizado por infecções, perda de visão e dificuldade na cicatrização de feridas) está mais ligado à problemas conseqüentes de obesidade, sedentarismo e razões hereditárias; o tipo 1 não possui causas muito específicas. Pode surgir por conta de diversos fatores externos, como perdas emocionais e até viroses.
Existe ainda o diabetes gestacional (alteração das taxas de açúcar no sangue que aparece ou é detectada pela primeira vez já na gravidez) e outros casos mais raros, ligados a causas como desnutrição ou doenças pancreáticas.