A estudante Florencia Lobo, de 18 anos, resgatou dois ‘gatinhos’ durante uma pesca com o irmão, perto da província de Tucumán, na Argentina. No entanto, após dois meses, ela foi surpreendida durante uma visita ao veterinário ao ser informada que estava hospedando, na verdade, pumas.
Os animais foram encontrados pela jovem na beira de um rio, ao lado da mãe já morta. Muito pequenos e aparentemente com fome, foram adotados por Florencia e ganharam o nome de Tito e Dani.
A fêmea faleceu após uma semana, mas o filhote macho, Tito, conseguiu sobreviver e acabou se apegando à jovem. Ao jornal El Tucumano, ela contou que o felino costumava segui-la, atendia aos seus chamados e os dois até dormiam juntos. Apesar de ser mais agitado do que outros gatos, seu comportamento inicial não chamou a atenção.
“Ele gostava de brincar, morder e correr bem rápido. Ele também curtia subir na mesa e pular de lá”, relembra a estudante, que acredita que o felino machucou a pata em uma dessas brincadeiras.
Quando foi levado ao veterinário, o filhote surpreendeu o profissional: “o veterinário não sabia o que ele era, mas suspeitava que Tito não fosse um gato comum”. A jovem procurou outros locais, que cobraram entre 6 mil e 18 mil pesos argentinos para operar a patinha.
Florencia só obteve uma resposta quando entrou em contato com um especialista da reserva de Horco Molle, que apenas pelas fotos confirmou que Tito era um jaguarundi, uma espécie de gato selvagem.
O filhote de três meses foi levado pela Fundação Argentina de Resgate de Animais (FARA) para ser reabilitado e reinserido na natureza.
“Você sente que é um animal seu e dói ter que devolvê-lo, mas no fundo sei que o melhor é que ele seja levado e devolvido à natureza. É horrível que as pessoas se apropriem deles ou os vendam sem se importar com seu bem-estar”.
Em uma publicação no Facebook, a organização agradeceu Florencia por ter entregue o bichinho, reforçando que “esses animais não são de estimação, eles devem ficar em seus devidos lugares. Apesar de parecerem inofensivos e fofos, não devemos tê-los em nossas casas”.