José Mayer e Soraya Ravenle
Atores protagonistas do musical “Um Violinista no Telhado”.
TEATRO
Emilio: Teatro é uma coisa bacana, nós sempre trazemos as principais peças aqui para divulgar o trabalho de vocês.
José Mayer: Que bom.
Emilio: É um negócio legal que tem pouca divulgação.
José Mayer: É verdade, e o teatro precisa muito disso.
Soraya: São poucas as peças que conseguem fazer sucesso.
Emilio: Os jovens não vão ao teatro, apenas nós “velhos” é que vamos.
José Mayer: Parece programa de geriatria, né? Bem vindos sejam todos os velhos.
Emilio: Sim, mas é preocupante…
José Mayer: Os jovens namoram outras mídias. É bacana você convidar os jovens a irem ao teatro.
A PEÇA
Daniel: Já assisti a peça no clube Hebraica e é linda. Ela passa a essência do judaísmo. Que é a tradição.
José Mayer: É verdade.
Daniel: Devemos segui-la.
Bola: Mas ela trata do quê? Tem coisa a ver com a segunda guerra mundial?
José Mayer: Não. É a história do êxodo judaico da Rússia do começo do século 20. É a história de um leiteiro que precisa se abrir para a modernidade. É um choque entre o velho e o novo.
Soraya: O novo é representado pelas filhas que não querem seguir as tradições como eram antigamente.
Emilio: Com o Daniel foi assim.
Amanda: A mulher dele é católica.
Daniel: Na verdade a minha “fofó” é muito tradicional e queria que eu casasse com uma judia.
MUSICAL
Emilio: O musical é algo voltado mais para o entretenimento. Esse aí é um musical, mas tem conteúdo.
Soraya: Ele une as pessoas. Ás vezes a música é maravilhosa e o texto é mais fraco, ou vice-versa. Tem essa excelência de todas as contribuições. As coreografias são os grandes momentos, as pessoas urram.
Amanda: O Zé Mayer dança?
José Mayer: Opa! Danço cara!
Amanda: Não imagino!
José Mayer: Danço como o leiteiro, eu canto…
Daniel: Você só estala o dedo.
José Mayer: Eu canto e danço como leiteiro. É a melhor coisa que faço no musical. Faço o leiteiro cantar. Não fico me exibindo em cima do palco.