José Luiz Martins
Créditos: Rebeca Candido
Quem?!?! Humorista e diretor criativo
PUBLICIDADE
Emílio: Tirando a vaidade do publicitário e do humorista, o que você acha que ta próximo do humor e da propaganda?
José: Eu acho que é uma atividade muito próxima, porque você tem que entreter as pessoas. E na hora de fazer publicidade, se você só vender o produto, fica muito chato. É como um xaveco. Você não vira pra uma mulher e diz “dá pra mim”.
Emílio: Eu falo.
STAND UP
Bola: Porque em stand up as pessoas não podem se caracterizar? É uma norma?
José: Não, eu acho que pode sim. O stand up clássico, o cara fala um texto de criação própria sem personagens, sem caracterização. Esse é o clássico, não quer dizer que não possa existir outras formas. A que eu faço é essa. Até porque, eu sou deficiente físico. E eu vou fazer papel de que se eu for ator? Só se for do Stephen Hawking.
HUMOR
Emílio: Mas tem muita patrulha no humor, né.
José: Mas você concorda que é muito fácil ser políticamente correto? Pra mim, isso é preguiça de pensar. Em vez de você ver que tipo de piada é ofensiva e qual é uma brincadeira, você já proíbe todas. Aí fica fácil, bota tudo no mesmo saco. Eu parto com o princípio de que se você brinca com um fato, não é uma agressão. A brincadeira é essa, é saber o que é agressão, e o que é humor, deixa a galera rir.