Sean Hoare, o primeiro jornalista a denunciar o envolvimento de Andy Coulson nas escutas telefônicas do News of the World, apareceu morto nesta segunda-feira, mas em princípio o episódio não foi considerado suicídio nem fruto de uma agressão, informou o jornal The Guardian.
Hoare, que perdeu seu emprego por problemas com a bebida e as drogas, apareceu morto nesta segunda-feira em sua casa de Watford (leste da Inglaterra), por causas desconhecidas.
A Polícia informou que está investigando as circunstâncias de sua morte, segundo indicou o jornal britânico.
O jornalista trabalhou no The Sun e no News of the World, dois veículos sensacionalistas da News Corporation de Rupert Murdoch, ao lado de Andy Coulson, que em janeiro renunciou ao cargo de diretor de comunicação de David Cameron, primeiro-ministro do Reino Unido.
Segundo Hoare disse ao The New York Times em setembro de 2010, Coulson sabia das escutas telefônicas do News of the World na época em que dirigia o antigo tabloide, de 2003 a 2007.
Além disso, Hoare afirmou que o ex-diretor de comunicação de Cameron encorajava os repórteres a grampear os telefones de famosos para conseguir exclusivas.
Coulson, que sempre negou as acusações, foi preso na semana passada pela Polícia – e libertado várias horas depois-, sob a suspeita de que tinha subornado policiais e interceptado ligações durante sua época à frente do News of the World.
Mais recentemente, na semana passada, Hoare denunciou que os jornalistas do tabloide tinham acesso a tecnologia policial para poder localizar pessoas mediante sinais de celular em troca de subornos aos agentes.
No entanto, quando em setembro de 2010 foi convocado a comparecer a uma delegacia em Londres, Sean Hoare não quis relacionar Andy Coulson com as escutas.
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