João Carreiro e Capataz
Créditos: Thiago Oliveira
Quem?!?! Dupla Sertaneja
ORIGEM
Carioca: Eles são do Mato Grosso.
João Carreiro e Capataz: Cuiabá.
Carioca: Uma terra um tanto quanto fresquinha. Dizem que lá faz 40 graus na sombra.
João Carreiro: 42 de manhã e de noite uns 40. Bola: Que gostoso!
Carioca: Engraçado que no humor, no Ceará teve uma época em que brotava humorista. Agora, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul está brotando todo mundo da música. Não é verdade?
João Carreiro: Bastante.
Carioca: E quem mais é da área?
Capataz: João Bosco e Vinícius, Michel Teló… Os pantaneiros estão mandando ver.
TURNÊ
Carioca: Olha a agenda dos caras. Sábado eles vão tocar em Iturama, Minas Gerais. Domingo, em Itapira, São Paulo. Terça, Ariquemes, Rondônia…
Pior: Existe? Carioca: Depois, na quarta, em Alta Floresta do Oeste, que é em Rondônia também . E na quarta, dia 28, em Piitangueiras, São Paulo.
Pior: Olha isso! Eles vão pra lá e pra cá. Zig zag! João Carreiro: O que a gente não faz pra ganhar dinheiro.
Carioca: Na sexta-feira, em Vargem Grande do Sul, também aqui em São Paulo. No sábado já vão para Goiânia, tocar em Catalão e depois voltam para São Paulo, no domingo. Mas vocês usam um jatinho pra fazer essa logística aí, não usam?
Bola: Não, não! Eles vão de bicicleta e com a viola nas costas. Carioca: Porque senão não tem como cumprir com essa agenda aqui.
Capataz: Não tem como mesmo. Em alguns nós temos que usar. J
oão Carreiro: Mas nós somos bastante econômicos quanto a isso. Quando são viagens de até 500km, nós usamos nosso ônibus.
Amanda: Mas vocês têm aqueles ônibus que tem a cabeçona de vocês bem gigante?
João Carreiro: Temos.
Amanda: Ah, eu acho chic isso. Eu fico emocionadao quando eu vejo aqui na Alameda Santos um ônibus “Aviões do Forró”!
O QUE SERÁ QUE NÓIS NUM TEM?
Carioca: Tem pergunta do Twitter, Bola?
Bola: Tem várias, filho. O Julio Garcia pergunta para o João se quando ele escreveu a música “O que Será que Nóis Num Tem”, ele tava com algum tipo de crise.
João: Crise não. Mas a gente estava fazendo uns shows que não ia ninguém. Bola: Mas show vazio mesmo?
João Carreiro: Dava muita pouca gente, Bola. Mas a gente bebia demais e daí dobrava, não é? E quando a gente ouvia a rádio, escutava umas músicas que, de acordo com o nosso gosto, eram ruins demais.
Pior: Cite nomes.
João Carreiro: Não posso. Mas foi aí que eu pensei: “Rapaiz, o que será que nóis num tem, que o trem num toca nóis?” E passava de uma rádio para outra e lá estavam os caras de novo. Mas isso acabou dando moda (de viola), e deu para tirar um proveito disso.