O Japão decretou “estado de emergência nuclear” na usina atômica de Fukushima Daiichi, após o terremoto de magnitude 8,8 na escala Richter que atingiu o país nesta sexta-feira, indicou o Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Segundo a informação apresentada pelas autoridades japonesas à agência nuclear da ONU, o terremoto e o posterior tsunami cortaram o fluxo de energia elétrica na central e o motor diesel de emergência que deveria suprir essa carência também não funciona, devido aos danos causados pelo desastre.
As autoridades continuam tentando regular o sistema alternativo de energia para fazer funcionar o mecanismo de refrigeração da usina nuclear, assinalou a AIEA em comunicado divulgado em Viena.
O combustível nuclear requer um esfriamento contínuo inclusive quando as instalações atômicas deixam de funcionar, lembrou a agência nuclear da ONU.
Em outra usina nuclear próxima, Fukushima Daini, as autoridades decretaram “estado elevado de alerta”, indicou a AIEA.
O terremoto paralisou a atividade de 11 usinas nucleares, mas o Governo japonês negou que material radioativo tenha escapado das centrais.
Milhares de pessoas que residiam em um raio de três quilômetros da central de Fukushima Daiichi foram evacuadas a pedido das autoridades locais, após a detecção de problemas na usina.