Você trabalha oito horas na frente do computador. Durante esse período fica conectada na internet o tempo todo. MSN, orkut, emails. É impossível ficar offline, porque é na net que as coisas acontecem, que as fofocas rolam, que o final de semana é combinado. Não satisfeita, quando chega em casa qual é a primeira coisa que você faz? Liga o computador, claro. Afinal, você não pode perder nada, nenhum contato. E aí daquele (no mundo real) que vier conversar com você nesse momento, vai ficar falando sozinho.
Por um acaso você se identificou com esse relato? Se sim, cuidado, você pode estar viciado na internet. A percepção dessa doença surgiu mais ou menos na mesma época em que a rede se tornou mundialmente popular, lá para 1993. E a partir daí o perfil desse tipo de viciado começou a ser traçado.
Mas qual é esse perfil? A gente conta para você. E olha que essa lista foi feita pelo Núcleo de Pesquisas em Psicologia e Informática da PUC que acompanha esse tipo de caso desde 1995.
– Ficar bastante incomodado e irritado quando não consegue entrar na internet quando quer.
– Sentir uma certa necessidade em ficar online toda hora para se sentir bem.
– Usar a internet para fugir dos problemas ou aliviar alguns sentimentos ruins como culpa, tristeza e etc.
– Mentir para as pessoas dizendo que não fica muito tempo na net.
– Sentir falta de interesse em atividades que não estejam relacionadas com a internet.
– Ignorar as pessoas que falam com você (no mundo real), enquanto está na net.
– Ficar muito tempo na frente do computador.
Daí para começar a surgir diversos problemas, é um pulo. Tanto físicos quanto emocionais. Exemplo? Físicos: a curto prazo, taquicardia, secura da boca e tremedeiras. A longo prazo, problemas na postura, tendinite, obesidade ou subnutrição (devido a má alimentação), e deformidade na visão, atacada pela luminosidade do monitor. Emocionais: falta de concentração, angústia, sonolência e sentimento de impotência frente a problemas. Fora o fato de que cada vez mais a pessoa se fecha no seu mundo e se afasta do contato com outras pessoas. No mundo real isso não soa nem um pouco como algo saudável.