Duas unidades de forças especiais dos combatentes rebeldes líbios, que se infiltraram neste sábado à noite em Trípoli com o apoio da OTAN, tomaram o controle de diversos pontos da cidade, disse à Agência Efe o encarregado de segurança do Conselho Transitório Líbio (CNT, órgão político dos insurgentes), Fathi Baja.
Ele destacou que os aviões de combate da OTAN permitiram o avanço das forças até o coração da cidade, em uma operação preparada com muita antecedência.
O plano consiste em obter o controle dos hotéis, dos aeroportos civis e militares, dos escritórios do primeiro-ministro e dos arredores de Bab al Azizia, o “palácio-bunker” do líder Muammar Kadafi.
Segundo as fontes, a primeira fase dessa operação foi um sucesso, os insurgentes tomaram a base aérea de Mitiga e já controlam alguns bairros da periferia de Trípoli.
“Não é simples controlar uma cidade de mais de 2 milhões de habitantes em horas, mas estamos em Trípoli e nossos planos funcionam conforme o previsto”, sustentou o chefe rebelde.
Já o porta-voz do Governo líbio, Moussa Ibrahim, afirmou que milhares de mercenários e voluntários estão dispostos a defender a capital, segundo a imprensa oficial. “As pessoas não são somente patriotas, mas também têm famílias e casas que devem proteger e compreendem que, se os rebeldes entram, haverá derramamento de sangue“, enfatizou.
A rede de televisão Al Jazeera informa que os combates continuam em Trípoli, onde os insurgentes mataram 31 membros das brigadas leais a Kadafi e capturaram cerca de 100 deles.
A emissora indicou também que os rebeldes tomaram o controle de um prédio dos serviços de segurança situado no bairro de Fechloum e conseguiram libertar um número indeterminado de prisioneiros.
Atualização – 15h00
Confrontos entre rebeldes e tropas de Kadafi chegam ao centro de Trípoli
Violentos confrontos ocorrem neste domingo entre os rebeldes e as forças leais ao líder líbio Muammar Kadafi no centro da capital, Trípoli, informa a rede de televisão Al Jazeera.
A emissora indicou ainda que os bairros dos arredores da capital foram “libertados” e que as forças do regime se retiraram para Bab al Azizia, o “palácio-bunker” de Kadafi.
