Homem sofre com soluços por 68 anos após acidente de trabalho (Foto: Reprodução / New York Post / Unsplash)

Você achava que ter soluços por uma hora era frustrante? Um homem de Iowa, nos Estados Unidos, nos fez perceber o quão sortudos somos depois de sabermos que ele sofreu com soluços involuntáros por 68 anos.

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“Não sei como seria não tê-los”, disse Charles Osborne à Associated Press em 1978 enquanto discutia seus incessantes acessos de soluço. “Eu fico tão dolorido com espasmos o tempo todo”, comentou o homem, que chegou a entrar para o livro dos recordes pelo feito.

O sujeito supostamente experimentou 20 soluços por minuto acordado, totalizando 430 milhões durante sua vida, informou a revista People. Apesar de sua condição debilitante, o criador de porcos permaneceu otimista e bem humorado, de acordo com o amigo Kevern Koskovich, agora com 73 anos.

Nascido em 1883, Osborne disse que sua condição teve início em 1922, quando sofreu um acidente trabalhando em uma fazenda perto de Union, Nebraska. “Eu estava pendurando um porco de 350 libras para abater. Eu o peguei e depois caí”, recordou para a mesma revista. Ele inicialmente não pensou muito no incidente até que começou a soluçar sem parar.

Acredita-se que os soluços se originem no cérebro e envolvam a contração involuntária do diafragma e o fechamento da glote – a abertura das cordas vocais – que causa o reconhecível som “hic”, de acordo com o Science Alert.

Os ataques – que podem envolver entre quatro e 60 soluços por minuto – podem ser desencadeados por muitas coisas, incluindo beber ou comer demais, ficar excitado ou engolir ar ao mascar chiclete, de acordo com a Smithsonian Magazine.

Eles geralmente ocorrem por apenas alguns minutos e são percebidos mais como uma irritação do que um motivo de preocupação (embora possam ser sinais de alerta de condições mais graves ).

Quando duram mais de 48 horas, os soluços são considerados crônicos —  Jair Bolsonaro foi internado em 2021 com essa versão. Enquanto isso, os ataques que persistem por mais de um mês são considerados intratáveis… Essa é a variedade super rara sofrida por Osborne, que afeta apenas 1 em 100.000 pessoas.

As causas dos soluços de longo prazo variam de diabetes a câncer e alcoolismo, de acordo com o Smithsonian.

Ainda não está claro o que causou a condição do fazendeiro, mas em um exame após sua queda em 1922, o médico disse que ele rompeu “um vaso sanguíneo do tamanho de um alfinete em meu cérebro”, lembrou Osborne. Assim, o profissional postulou que a queda afetou a parte de seu cérebro que inibe o mecanismo do soluço.


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Homem sofre com soluços por 68 anos após acidente de trabalho

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