Um homem foi preso por dois anos por vender calendários com desenhos de patos de borracha – o que os juízes do país entenderam que zombavam do monarca da Tailândia. O advogado de 26 anos, citado no processo sob o pseudônimo ‘Tonmai’, foi preso em sua casa em dezembro de 2020.
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A polêmica aconteceu porque, no início do mesmo ano, patos de borracha se tornaram um mascote do movimento pró-democracia no país asiático. Grandes botes infláveis em forma de pato, inicialmente trazidos como uma brincadeira para protestos que pressionavam por restrições ao poder da monarquia, foram usados por manifestantes para se protegerem da violência das autoridades.
De acordo com o grupo Thai Lawyers for Human Rights, os promotores argumentaram que os patos mostrados nos calendários vendidos por Tonmai tinham a intenção deliberada de se assemelhar ao rei Rama X, que atuou como monarca da Tailândia desde 2016. Entre eles, o pato apresentado na página do calendário de setembro usava um top curto e óculos escuros, em aparente referência a uma foto de Rama X em que o monarca aparece usando a mesma roupa.
Os promotores também argumentaram que o pato na página de março era difamatório para o rei. Aparentemente, usava uma camisinha na cabeça, provavelmente em referência à reputação de Rama X como playboy e mulherengo.