Esses pets podem dar calafrios em alguns leitores, mas eles são as companhias – e ‘remédios’ – do estadunidense Ariane Khomjani. Prepare-se para conhecer Laera, Liidra, Lykra e Lars, quatro sanguessugas que vivem como bichos de estimação.
Pertencentes à espécie Hirudinaria manillensis, natural da Ásia, cada uma delas possui uma “personalidade própria”, segundo contou Khomjani ao site ScienceAlert. “Algumas gostam de se alimentar mais do que as outras. Mas quando estão cheias, ficam felizes ao sentar e descansar um pouco fora da água”.
Falando em comida, o alimento delas é o próprio dono, já que Khomjani é adepto da hirudoterapia. Neste tipo de tratamento, as sanguessugas são colocadas sobre o paciente para absorverem seu sangue e tratarem diversos tipos de doenças.
“Elas são usadas no pós-operatório de pacientes que reconectaram algum membro ou tiveram cirurgia muscular”, explica a enfermeira Julie Smolders, do Sydney Local Health District. “As sanguessugas são colocadas no local e sugam o sangue para facilitar a circulação nas extremidades”, completa.
De acordo com Khomjani, ele possui problemas neurológicos e com circulação de sangue. “Minhas sanguessugas medicinais me ajudam a ter uma vida normal”, relatou em seu Instagram.
O dono conta que a primeira mordida pode doer um pouco, “mas quando acabam, você não sente nada”. Segundo o estadunidense, elas podem ficar até um ano sem comer, mas é recomendável alimenta-las a cada 3-4 meses.
A maioria das mordidas se cicatriza rapidamente graças à propriedade anticoagulante presente na saliva desses animais, explicou Khomjani. Contudo, ele alerta, outras demoram dias para parar de sangrar. Quando isso acontece, ele recomenda em uma publicação no Instagram “aplicar pressão no local, folhas de chá, enfaixar até que pare naturalmente”.
“São criaturas incríveis e curiosas que crescem loucamente, são ótimos pets”, afirma.