O histórico problemático que a família Baroni carregou por anos ganha nova força com um assassinato: Baroni Jr. foi acusado de matar a própria filha. A investigação deste caso ficcional é exposta na obra A interminável morte do Breve Baroni, lançamento do escritor Artur Maia.
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Inspirado em um crime ocorrido em 2008 na zona norte de São Paulo, o autor relata a morte de uma menina de 10 anos, assassinada pelo próprio pai, um advogado de sucesso. Dividido em 26 capítulos, o romance policial é narrado em primeira pessoa por um delegado fictício que, enquanto busca respostas para o terrível caso, se aproxima de um passado de traições, rivalidade, abusos e falta de afetividade parental.
Minha cabeça sussurrava hipóteses mil, um acidente doméstico, uma brincadeirinha entre pai e filha terminada em tragédia, uma…um…sei lá, coisas pavorosas passavam pela minha cabeça e eu, com o estômago acostumado aos mais torpes crimes, instintivamente fechava minha mente ao imaginar aquele sujeito classe média alta travestido de monstro ficcional.
(A interminável morte do Breve Baroni, p. 11)
Ao se envolver com o caso, o delegado desenha o perfil de uma específica classe média paulistana, com um DNA fascista, racista e homofóbico. Mais que denunciar transgressões hediondas cometidas por pais, A interminável morte do Breve Baroni é uma crítica social à hipocrisia de classes médias não dominantes e às consequências preconceituosas que perpetuam na sociedade contemporânea.
Autor da obra “A Primeira Morte e outros contos”, que também retrata cenários de perda, luto e divisão de classes, Artur Maia recebeu Menção Honrosa no 23º Concurso de Contos Paulo Leminski, em 2012, na Unioeste- Universidade Estadual do Oeste do Paraná, com o conto “Natal, de Novo Natal”.
Ficha técnica:
Título: A interminável morte do Breve Baroni
Autor: Artur Maia
ISBN/ASIN: 978-65-254-1058-6
Páginas: 116
Preço: R$ 45,00
Onde comprar: Amazon e e-commerce da editora Viseu