O grafeno, a supermatéria-prima que deu até um prêmio Nobel aos seus descobridores, pode ser usado para criar preservativos mais seguros, mais fortes e mais finos. Cientistas da Universidade de Manchester, na Inglaterra, estão desenvolvendo uma camisinha feita com o novo material misturado ao látex. Eles acreditam que o uso do grafeno, que é a única forma que tem a espessura de um átomo de carbono, vai permitir que os preservativos sejam mais eficientes.
O material, descoberto em 2004 por Sir Andrew Geim e Sir Kostya Novoselov, é extremamente fino e leve, mas, ao mesmo tempo, forte, transparente e pode conduzir até eletricidade (uau!). Ele já está sendo testado para utilização em eletrônica, armaduras leves, painéis de energia solar e até como revestimento de panela antiaderente.
Agora, Aravind Vijayaraghavan, um cientista de materiais da mesma universidade onde o grafeno foi desenvolvido, acredita que ele pode ser usado também para criar a camisinha dos sonhos. “Este material será adaptado para aumentar a sensação natural durante a relação sexual, o que deve incentivar e promover o uso do preservativo”, relata ao “The Telegraph”.
Vijayaraghavan recebeu até um prêmio de cerca de 200 mil reais da Fundação Bill e Melinda Gates, que há anos incentiva a invenção de novos tipos de preservativos para resolver os problemas de saúde dos países em desenvolvimento, especialmente no continente africano, onde a contaminação por HIV já atingiu níveis pra lá de alarmantes.
O pesquisador acrescenta que desde o isolamento do grafeno, em 2004, as pessoas se perguntam quando o material será utilizado em nossa vida diária. “Se esse projeto for bem-sucedido, poderemos ter um novo uso para o grafeno que vai tocar nossa vida cotidiana de forma muito mais íntima”, reforça.