Garota fica cega e com lesões cerebrais após fumar erva sintética comprada em posto de gasolina
Aos 17 anos, Emily Bauer sofreu uma série de derrames, que provocaram danos cerebrais, paralisia e cegueira, após fumar “maconha sintética” comprada em um posto de gasolina no Texas, EUA, em dezembro de 2012.
De acordo com o Instituto Nacional Americano de Abuso de Drogas, a falsa erva consumida por Emily também é conhecida como “Spice” ou “K2”, e consiste em uma mistura de produtos químicos que provoca efeitos semelhantes à maconha. Muitas vezes a droga é vendida como incenso e é anunciada como uma alternativa legal à erva.
Conforme relatos da família ao iReport, da “CNN”, Emily fumou a droga junto com os amigos e dentro de 15 minutos disse ao namorado que estava com uma forte enxaqueca e precisava deitar.
Ela sofreu uma série de derrames que a deixaram em um estado psicótico que a fez urinar em si mesma, ficar alucinada e agindo violentamente. A polícia foi chamada para ajudar a contê-la e ela foi levada a um hospital. No caminho mordeu os guardas e tentou fazer o mesmo com a equipe média que a atendia.
“Nós pensamos que ela estava passando mal por causa da droga, mas que levaríamos ela para casa e mostraríamos os perigos da droga, ou a colocaríamos na reabilitação. No entanto, 24 horas depois ela ainda estava violenta e se machucando. Percebemos que não teria alta tão cedo”, disse o padrasto Tonny Bryant à “CNN”.
Com o caso se agravando, a garota foi colocada em coma induzido e alguns exames foram realizados. Os médicos descobriram que os vasos sanguíneos de Emily estavam se expandindo e a pressão sobre o cérebro crescendo de forma rápida e perigosa. Cirurgiões tiveram que fazer um buraco no crânio para aliviar a pressão, mas o cérebro já estava 70% afetado.
Os médicos disseram que a menina não seria capaz de reconhecer a família e nunca mais conseguiria usar os braços e pernas novamente. Com a triste notícia, os pais de Emily decidiram tirar o tubo de respiração e nutrição, mas como em um milagre, ela continuou a lutar e sobreviveu.
Poucos dias depois foi notada uma melhora e ela acordou. Mesmo sem poder enxergar, se lembrou da família e até conseguiu rir das piadas. Hoje, a família não sabe quanto mais a menina se recuperará, mas ela já está movendo os membros e duas semanas atrás voltou a comer alimentos sólidos.
A família decidiu divulgar o caso e abrir uma instituição com intuito de aumentar a conscientização sobre os perigos da droga sintética. “Nós sabemos os sinais de aviso com relação a álcool e cocaína, mas com este material sintético misturado à erva tudo é novidade, e ninguém sabe sobre essas coisas. Queremos que outros pais possam saber sobre isso para que não passem o que estamos passando”, finalizou o padrasto.