O furacão “Sandy” deixou a região de Nova York sem eletricidade e transporte, mas parece que uniu mais os casais, o que se traduz com um aumento notável dos nascimentos que são esperados para o próximo verão no hemisfério norte, informou nesta quinta-feira (28) o jornal “New York Post“.
Um centro ginecológico do condado de Westchester, zona residencial aos arredores de Nova York, que foi gravemente afetada pelo furacão “Sandy” em 29 de outubro, registrou um aumento da atividade sexual em 30%, com relação ao mesmo período de tempo em anos anteriores.
“Nos perguntamos o que estava acontecendo. E entendemos quando olhamos os partos previstos para finais de julho e princípio de agosto, que é quando nascerão as crianças concebidas durante o furacão ‘Sandy'”, declarou ao jornal a enfermeira Linda Roberts.
Especialistas como Jacques Moritz, diretor de Ginecologia no hospital San Luke Roosevelt, afirmaram que é comum que durante tempestades, nevascas e blecautes, haja um aumento das concepções, já que nessas circunstâncias, as pessoas estão “mais unidas” e “próximas”.
De fato, Moritz lembra que apesar de não ser uma catástrofe natural, quando aconteceu o atentado às Torres Gêmeas, também houve um aumento de natalidade pelas concepções que foram produzidas nos dias seguintes à tragédia, enquanto a cidade de Nova York estava comovida e colapsada.
E a cidade também já passou por outros episódios similares após os blecautes de 2003 e 1977, sobretudo neste último, que deixou boa parte dos imóveis sem eletricidade durante 25 horas e que causou graves saques e desordens, junto com uma onda de nascimentos nove meses depois.
Algumas gestantes, que conceberam as crianças durante o “Sandy”, sublinham o contraste entre a devastação material produzida pelo furacão e a alegria pelo nascimento.
“A casa em Staten Island dos pais do meu namorado ficou destroçada. O bebê trouxe uma alegria, pela primeira vez em muito tempo, aos pais do meu namorado. Estamos muito felizes”, disse Jennifer Adamo, que será mãe pela primeira vez durante o verão no hemisfério norte.