Intervenção artística, protesto e Amazônia. Essa combinação de palavras parece estranha para você? Imagine, então, uma “exposição” à céu aberto na floresta amazônica, sem bombas de tinta ou telas brancas, sem “data de estreia” ou cobertura especial da mídia. Em vez de pincéis e latas de spray, o fotógrafo francês Philippe Echaroux faz arte com um projetor, um gerador portátil e fotografias digitais.
Ele é o responsável por uma série de retratos iluminados do povo indígena Paiter Surui, de Rondônia, em árvores ancestrais da Amazônia.
A intervenção de Philippe tem por objetivo chamar atenção para o desmatamento das florestas indígenas, que têm sofrido com invasões de terra de garimpeiros e madeireiras. No site oficial da Paiter Surui, o líder indígena Almir Narayamoga Surui afirma que, todos os dias, cerca de 300 caminhões carregados de árvores saem das terras da tribo, o equivalente a 600 hectares de florestas desmatadas. “Nós não sabemos mais o que fazer, precisamos de ajuda”, admite o líder.
Veja a obra de Philippe na galeria abaixo:
Intervenção artística na Amazônia
Créditos: Philippe Echaroux