Imagine a situação: todos os seus amigos conseguiram passar de ano, menos você. No colégio, os convites para curtir as férias não param de acontecer e vão desde viagens até festas e baladas. E o pior de tudo é que você tem sempre que dar a mesma resposta: “Não posso, tô de recuperação e vou ter que ficar tendo aulas pelo menos mais um mês inteiro”. Mas, calma! Não se desespere. Ainda…

A equipe do Virgula conversou com pessoas que entendem do assunto e encontrou alguns motivos que podem ter levado você a ficar nesta situação. Se você tem certeza que vai ficar de recuperação e não está se conformando com isso, confira algumas dessas opiniões.

Para a Drª. Mariângela Savóia, psicóloga do Laboratório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, existem pelo menos dois tipos de alunos: os que passam realmente por dificuldades de aprendizagem e aqueles que são inteligentes, mas que não estudam e tentam passar de ano na “malandragem”.

A psicóloga acredita que este último caso é o mais complicado. “Se o aluno sempre faz o estilo “enrolão” e passa de ano, ele acaba não aprendendo todo o conteúdo. Vai chegar uma hora, como no colegial, que a exigência aumenta e ele vai acabar se dando mal”, diz.

Por outro lado, quem tem mais dificuldade pode encontrar uma saída um tanto inusitada: “Para aquele aluno que não acompanha o ritmo das aulas e que se esforça para aprender, talvez seja melhor repetir de ano. É preferível perder um ano e passar a compreender melhor as coisas do que ficar se sentindo sempre o último da turma. Talvez, com uma série atrasada, o aluno ache o seu lugar e passe a acompanhar melhor as aulas, o que faz aumentar a auto-estima”, justifica.

Uma das soluções mais procuradas pelos alunos nesta época do ano são as aulas com professores particulares. Mas será que só isso resolve?

De acordo com a professora Marly Teixeira dos Santos, que dá aulas particulares para estudantes do Ensino Médio, a tarefa é bem complicada: “Chega o fim de ano e os pais começam a ficar desesperados, correndo atrás de meios para ajudar os filhos a melhorar o rendimento. Mas eles tem que entender que, a esta altura do campeonato, fica bastante complicado porque o aluno chega com muitas deficiências e o tempo é bem curto”, afirma.

Nesse caso, a postura tem que ser um pouco radical: “Essa é a hora que eles devem, em primeiro lugar, se dedicar de corpo e alma aos estudos e deixar os outros compromissos de lado”, declara Marly, que ainda revela que um dos maiores problemas dos alunos, principalmente os de escola pública, é a baixa freqüência nas aulas, o que faz com que eles cheguem ainda mais despreparados no final do ano.

Seja por dificuldades, por enrolação ou pelo excesso de faltas, você deve aproveitar ao máximo o restinho de tempo que ainda resta para estudar e tentar não bombar neste ano. Já que não vai dar para curtir parte das férias junto com os amigos, pelo menos estudar com eles no ano que vem você vai querer, né?


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