Felipe Xavier

Quem?!?!Radialista da Jovem Pan!

RETORNO
Amanda: O bom filho a casa retorna.
Bola: Como foi ontem a estréia do “Chuchu Beleza”?
Felipe: Legal. Ontem eu estava viajando, mas consegui escutar.
Pior: Para onde você estava viajando?
Felipe: Na praia da Baleia.
Bola: A minha praia.
Pior: Ai que chique: litoral norte!
Felipe: Eu estou muito feliz com meu retorno à JP.
Bola: Faz quanto tempo que você saiu daqui?
Felipe: 8 anos e meio.
Bola: Eu estou velho!
Pior: O que você fez da vida neste tempo?
Felipe: Eu trabalhei em outra emissora.
Pior: O que te convenceu a voltar para cá: o dinheiro, a fama ou o Emílio?
Felipe: O Emílio.

INÍCIO
Silveirinha: Como você começou sua carreira?
Felipe: Comecei na rádio USP, em 1991. Antes, eu estudava com o Marco Bianchi e o Paulo Bonfá. Quando terminamos o colégio, cada um foi fazer a sua faculdade. Aí, o Marco, que fazia Rádio e Tv na ECA, me chamou para ajudá-lo em um trabalho universitário. Nós criamos o piloto de um programa, que ficou legal a ponto da gente ter coragem de ir até a rádio USP para apresentar o projeto para o diretor e tentar colocá-lo no ar. Eu estudava Arquitetura e o Bonfá, Economia: também na USP. Em 91, nós três começamos o programa “Rádio Alegre”, na USP.
Pior: Entre uma greve e outra, vocês rendiam na rádio.
Felipe: Nós ficamos quatro anos lá, sem ganhar nada. Para nós, era uma diversão.
Bola: Em algum momento você teve vontade de desistir?
Felipe: A história começou mesmo como uma brincadeira. Eu não imaginava que daria certo. Naquela época, eu estava mesmo a fim de fazer Arquitetura, já estagiava na área. Mas, surgiu um convite para fazer um personagem na “Praça é Nossa”. Este foi o primeiro sinal de que aquilo que eu estava fazendo como diversão, poderia dar certo!

CONSTRANGEDOR
Pior: Alguma vez, na hora do amor, alguma menina pediu para você imitar um personagem?
Felipe: Nunca. Ainda este desprazer.
Silveirinha: Extremamente constrangedor. E quando você não está trabalhando e alguém pede para você fazer imitações. O que você faz?
Felipe: A mãe de uma amiga minha é campeã em fazer isso. Uma vez, a mulher me levou no meio de uma festa e me apresentou.
Bola: Tem gente que acha que você tem que ser engraçado, contar uma piada.
Pior: “Faz nóis rir”. Ai que ódio!

HOMEM-CUECA
Amanda: De onde veio a inspiração para você criar o Homem-cueca?
Felipe: Uma vez, eu fui viajar para o Chile e conheci em um hotel dois meninos de uns 12 anos de idade. Eram garotos da “classe A”, mas eles falavam gírias de “mano da periferia”. Não combinava. A situação me marcou muito e eu entendi que deveria prestar atenção naquilo. Aí resolvi criar um personagem que mostrasse justamente isso: a invasão da rap nas altas classes. Um dia, no carro, veio o nome “homem-cueca” na minha cabeça.
Pior: Você estava sóbrio?
Felipe: Estava.
Silveirinha: Para o personagem pegar, tem que ter um bordãozinho?
Felipe: Eu acho que sim. Às vezes, o bordão não vem de uma forma pronta. Muitos personagens começam em uma história. O bordão, a mesma coisa. O personagem tem que ser “chave”, tem que caber em cada situação, em todas as histórias.

PERSONAGENS
Amanda: Um personagem tem tempo de vida ou validade?
Felipe: Eu aprendi que o tempo de vida de um personagem é maior do que pensamos. A gente, que faz o personagem, enjoa dele muito mais rápido do que o público. Já aconteceu de eu estar achando tal personagem um saco e o diretor da rádio me contar que os ouvintes gostavam. Eu aprendi a ficar atento ao público porque é ele que decide o que funciona ou não.
Amanda: As pessoas gostam de qualquer lixo.
Bola: Tem gente que gosta de você.


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Felipe Xavier

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