Fause Haten


Créditos: Thiago Oliveira

Quem?!?! Estilista e cantor

VIDA NA MÚSICA
Emílio: Você não acha que lançar esse disco pode queimar o seu filme? Porque você é um cara consagrado e respeitado.
Fause Haten: Você sabe que o empresário do Justin (Bieber) me ligou e falou “pô, o Justin está vindo para o Brasil, espera um pouco, não lança o seu CD antes disso…”
Bola: Para não queimar o moleque!
Fause Haten: Mas eu falei “Não, não vamos segurar. Vamos lá!”
Emílio: E você acha que vai abafar ele?
Fause Haten: Na verdade, brincadeiras à parte, a gente, como artista, tem vontade de fazer as coisas. A música, apesar das pessoas não saberem, sempre fez parte da minha vida, e foi isso. Fui atrás de fazer um trabalho e o trabalho está aí.
Emílio: Mas espera aí. Quando você era mais novo, o que você quis ser primeiro? Cantor ou estilista?
Fause Haten: Olha, na realidade eu nunca fui um cara que sonhou em ser estilista ou cantor. Quando eu era menor, eu fiz aulas de piano clássico durante uns sete anos, por isso eu digo que a música sempre fez parte da minha vida.
Bola: Mas você fez por causa da sua família? Sua mãe te obrigava?
Fause Haten: Não, não. Eu fazia porque gostava e sempre foi uma coisa bem natural para mim. Hoje, eu me arrependo de ter parado porque não tenho mais agilidade nos dedos e tal. E quando eu comecei a fazer roupa, eu comecei moleque, com 16 anos e tal. Eu queria viajar, então comecei a cortar uns tecidos, costurar e sair para vender. Foi isso.
Bola: Mas isso foi só para viajar? Fazer umas roupas para ganhar dinheiro.
Fause Haten: Isso, só para viajar.

NOME
Emílio: E esse nome Fause Haten é o seu mesmo?
Fause Haten: É o meu nome, sou libanês e Fause é um nome bem comum por lá.
Silveirinha: Eu achava que era alemão. Parece alemão.
Fause Haten: É, o Haten parece bastante. E, quando eu comecei, eu tinha uma marca que chamava Der Haten. E o “der” vem do alemão mesmo e, nesse caso, significava “Do Haten”. Então era engraçado porque eu tinha uma loja em Moema e lá tem muito alemão, daí o povo entrava procurando um alemão, loiro com os olhos azuis e encontrava esse turco.

INÍCIO DE CARREIRA
Emílio: Qual foi a primeira peça de roupa que você fez?
Fause Haten: Foi uma camiseta. Uma camiseta de algodão bem simples. Era uma estampa normal, redonda, com os decotes da frente e costas iguais. Bem simples. Mas não era um universo completamente desonhecido para mim, porque meu pai era dessa indústria, ele tinha confecção.
Bola: Libanês mexe muito com isso.
Fause Haten: Libanês mexe com isso, exato. Ele tinha loja na 25 de março e era um lugar que eu conhecia, sabia que lá vendia tecidos. Em, sei lá, o povo começou a comprar…
Bola: Mas você vendia de que jeito? Botava no carro e saía vendendo para os amigos?
Fause Haten: Praticamente isso! Vendia na escola, depois comecei a procurar lojas para vender. Inclusive tinha uma na Rua Tabapuã, ao lado da casa de uma tia minha, que eu via que naquela loja formavam filas e eu percebi isso e fui lá.
Bola: Devia ser coisa boa.
Fause Haten: Coisa boa! E foi uma das primeiras clientes que começou a comprar tudo o que eu fazia. E foi comprando mais, comprando mais e a história foi rolando.


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Fause Haten