A família mais velha do mundo mora na ilha da Sardenha, na Itália, e é formada por nove irmãos cuja soma das idades chega a 818 anos, confirmando assim a fama da localidade, que conhecida pela longevidade de seus moradores.
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A família Melis, originária da pequena cidade de Perdasdefogu, na região de Ogliastra, na Sardenha, foi reconhecida pelo Guinness Book, o livro dos recordes, como a mais velha do mundo.
A mais nova das irmãs se chama Mafalda e completou 78 anos há pouco tempo, enquanto a irmã mais velha se chama Consolata e fará 105 anos na quarta-feira (22).
Depois de Consolata, a mais velha é Claudina, com 99 anos. Depois dela vem Maria, de 97 anos, Antonio, de 93 anos, Concetta, que está com 91 anos, Adolfo, com 89, Vitalio, que hoje tem 86 e por fim Vitalia, com 80 anos. Todos os irmãos gozam de boa saúde.
Claudina, em declaração feita nesta terça-feira ao jornal “La Stampa“, disse que não toma nenhum remédio, apesar dos conselhos do médico. “Eu tenho só uma doença, a velhice, e esta não se cura”, afirmou.
Há décadas, os cientistas investigam o que há por trás de tanta longevidade na Sardenha, onde existe 22 centenários a cada 100 mil pessoas.
O oncologista e ex-ministro de Saúde da Itália, Umberto Veronesi, explicou que na Sardenha a média de vida é de 81,2 anos e a taxa de doenças cardiovasculares e de osteoporose são mais baixas que no resto da Itália.
Há anos, o professor de Bioquímica Clínica da Universidade de Sassari, Luca Deiana, investiga o “AKeA“, termo que provém da saudação em língua sarda “a kent’annos” (“até os cem anos”).
O projeto analisou os dados pessoais de 2.500 pessoas de 337 localidades onde se concentram os centenários e estudou “todos os fatores que podem contribuir para a longevidade, como a genética, o meio ambiente, o estilo de vida, a alimentação e inclusive tradições e sistemas familiares”, explicou Deiana.
Enquanto os resultados do estudo não são divulgados, Deiana diz que o segredo dos centenários sardos conta com uma boa dose de genética, mas também com “os frutos saudáveis de sua terra, como as peras e as ameixas, que contêm substâncias que podem contribuir para a longevidade”.
Além disso, o estudo também analisa o equilíbrio entre “meio ambiente e cultura” na Sardenha. “Estamos realizando uma série de estudos sobre os campos magnéticos presentes em várias áreas da Sardenha, mas também levamos em conta a cultura familiar, entendida não como educação, mas como tradições e costumes”, concluiu Deiana.