O Museu Britânico de Londres está prestes a inaugurar, no dia 6 de março, uma grande exposição sobre os vikings destacando a ousadia deste povo, obstinado em encontrar novas terras e riquezas para saquear e pilhar. De acordo com historiadores, eram imigrantes econômicos preparados para arriscar tudo pela expansão. Vieram da Dinamarca e da Noruega, na Escandinávia, para onde quer que os mares e rios pudessem levá-los.
A bordo de seus longos navios, se espalharam para todos os lados. Para oeste, chegaram à Grã-Bretanha, à Groenlândia e à América do Norte. Ao sul, foram a países como França, Espanha e África do Norte. Já ao leste, alcançaram a Rússia, a Ucrânia e até Constantinopla (Istambul), indo dar às portas da Ásia.
Em muitos lugares, acabaram ficando e se integrando às comunidades. Uma linhagem de mestiços se transformou em normandos do norte da França, que, por sua vez, sob a regência de William, o Conquistador, chegaram a dominar a Grã-Bretanha. Em Constantinopla, o último dos vikings formou a Guarda Varangian, um pelotão de elite que protegia o imperador bizantino.
Só que por mais de 250 anos, vários exércitos vikings tentaram conquistar e governar a Grã-Bretanha e, em um momento, um dinamarquês, Cnut (Canuto), sentou-se no trono. Mas figuras heróicas, como o rei Alfred, surgiu para reunir os ingleses contra os invasores.
Foi em 1066 que o último grande ataque viking de escandinavos foi contido pelos bretãos, na ponte Stamford, em Yorkshire. Assim, a Era Viking definhou. Os países que saquearam por séculos tornaram-se mais unidos e resolutos, menos dispostos a ceder aos exércitos ameaçadores. Na Rússia e em outros lugares, acabaram se radicando.
Mas o resultado de séculos de exploração Viking, aventura e conquista é que, mil anos mais tarde, o seu sangue corre nas veias de todo o mundo. Segundo o historiador Philip Parker, a pegada de seu DNA mostra ancestralidade viking em milhões de pessoas. De qualquer forma, a exposição em Londres mostra que os vikings continuam a nos fascinar e assustar em igual medida. Deles foi uma época de selvageria, barbárie e beleza. Segundo relato dos organizadores da mostra ao Daily Mail, “houve um pouco de luz na Idade das Trevas, o que deixou a sua marca em nós, mesmo agora no século 21”.